FIA responde pilotos e explica destino de dinheiro arrecadado com multas na F1
Diretor de monopostos da FIA, Nikolas Tombazis resolveu dar satisfação aos pilotos e garantiu que todo dinheiro arrecadado é investido em "projetos relacionados ao automobilismo"
Se Mohammed Ben Sulayem, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), não fez a menor questão de responder aos pilotos sobre o destino do dinheiro arrecadado através das multas, o diretor-técnico de monopostos da entidade, Nikolas Tombazis, prestou esclarecimentos. O dirigente deixou claro que o montante é totalmente investido em “projetos relacionados ao automobilismo”.
A guerra fria entre as partes começou após a Associação de Pilotos de Grandes Prêmios (GPDA), da qual George Russell é o diretor, ter cobrado mais transparência por parte do órgão que regula o esporte a motor, principalmente em relação ao valor adquirido com as punições que são impostas aos competidores — como aconteceu com Max Verstappen e Charles Leclerc, por exemplo, em 2024, quando tiveram de pagar uma certa quantia por terem falado palavrões durante as coletivas de imprensa.
No entanto, Ben Sulayem não recebeu bem os pedidos e teceu duras críticas aos pilotos, afirmando que foi escolhido para o cargo para consertar questões da FIA e que não devia nada a ninguém. Na época, a situação havia ficado ainda mais tensa por causa da demissão de Niels Wittich do cargo de diretor de provas da F1, que aconteceu logo após o GP de São Paulo.
Ainda que a própria federação nunca tenha se posicionado oficialmente em relação ao assunto do dinheiro das multas, Tombazis resolveu se pronunciar na tentativa de colocar panos quentes sobre a situação e amenizar os ânimos.

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“Não temos acionistas esperando por lucros na bolsa de valores ou dividendos. Todo o dinheiro é direcionado para iniciativas úteis, como o treinamento de jovens e outros projetos relacionados ao automobilismo”, disse o diretor em entrevista ao site da revista inglesa Autosport. Em seguida, afirmou que a cobrança por parte dos pilotos acaba acontecendo de maneira mais acalorada por causa do momento tenso em que muitas vezes os mesmos se encontram.
“Acredito que essa questão seja, às vezes, influenciada pelas emoções do momento, especialmente em relação às multas. Entendo que quem paga uma multa pode se sentir incomodado ou injustiçado, mas posso garantir que os fundos não são usados para festas de Natal, por exemplo, e sim para diversos projetos importantes”, continuou.
“Mas se olharmos para outras iniciativas, sejam as nossas campanhas contra o ódio nas redes sociais e todos os projetos de base que temos, ou quando se trata de aspectos de segurança, então penso que são boas escolhas para investir este dinheiro. O valor gasto com esportes populares supera em muito o valor das receitas provenientes de multas”, concluiu o membro da FIA.
A Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

