Fisco espanhol investiga esquema de corrupção de políticos envolvendo GP de Valência de F1

O fisco espanhol indiciou o ex-presidente do Governo Autônomo da Comunidade Valenciana, Francisco Camps, pela compra da empresa Valmor, que organizava o GP da Europa em Valência, com dinheiro público. Outro envolvido é Jorge Martínez, chefe de equipe da Aspar na MotoGP

O fisco espanhol indiciou nesta sexta-feira (19) o ex-presidente da Comunidade Valenciana, Francisco Camps, pela compra da empresa Valmor por parte do governo. A Valmor foi responsável por gerir as primeiras edições do GP da Europa no circuito de rua da cidade. A investigação desenvolvida pela receita apontou indícios de corrupção, prevaricação, peculato e crime corporativo no processo de licitação.
 
A denúncia foi feita diretamente para o Superior Tribunal de Justiça da Comunidade Valenciana contra Camps, mas a receita também quer indiciar a ex-diretora da emissora de televisão RTVV — detentora dos direitos da F1 na Espanha — e ex-conselheira de Cultura de Valência, Lola Johnson, além do co-proprietário da Valmor, Jorge Martínez 'Aspar' — três vezes campeão mundial de motovelocidade e chefe da equipe Aspar na MotoGP.
A primeira página do processo que investiga um esquema de corrupção no GP de Valência (Foto: Reprodução)
O processo pede que a Corte de Valência investigue as irregularidades, sobretudo como Camps permitiu que a Valmar, uma empresa que não tinha experiência alguma no automobilismo e tinha apenas 12 empregados, operasse um evento da magnitude da F1. O montante avaliado para a realização do GP de Valência gira em torno de € 300 milhões — cerca de R$ 975 milhões.

O GP de Valência ocupou espaço no calendário da F1 entre 2008 e 2012, incentivado por Bernie Ecclestone para que se tornasse uma alternativa ao GP de Mônaco: uma etapa disputada nas ruas de uma cidade praiana. Desde o início, houve suspeitas de irregularidades no processo de realização da corrida e uso de dinheiro público em um momento que a Espanha já sofria as graves consequências da crise econômica mundial.

Nas duas primeiras vezes em que a corrida foi realizada, dois brasileiros obtiveram vitórias: Felipe Massa ganhou em 2008 correndo pela Ferrari e Rubens Barrichello subiu no degrau mais alto do pódio pela Brawn.

MELHORES DO ANO

E assim, como num passe de mágica, 2014 passou. Foi rápido mesmo. Se Vettel decepcionou, a Mercedes dominou e o medo de acidentes fatais voltou à F1; se a Ganassi não correspondeu e Will Power fez chegar o dia que parecia inalcançável; se Márquez deu mais um passou para construir uma dinastia; se Rubens Barrichello viveu sua redenção, tudo isso é sinal das marcas de 2014 no automobilismo. Para encerrar e reforçar o que aconteceu no ano, a REVISTA WARM UP volta a eleger os melhores do ano.

RETROSPECTIVA 2014
O GRANDE PRÊMIO traz a RETROSPECTIVA 2014 e começa a mergulhar outra vez no que foi a temporada do Mundial de F1 — um ano de uma equipe só. A Mercedes e Lewis Hamilton foram os grandes destaques graças às marcas que alcançaram. A equipe se tornou a recordista de vitórias em um único campeonato graças a um acerto primoroso no desenvolvimento dos novos motores V6 turbo. O inglês se sagrou bicampeão e tornou-se o mais vencedor britânico da história da F1 e o segundo mais vitorioso dentre os pilotos em atividade — atrás só de Sebastian Vettel.
 
O INFLUENTE

A decisão de Sebastian Vettel de deixar a Red Bull "muito provavelmente" foi influenciada pelo desempenho do colega Daniel Ricciardo. A frase é de Christian Horner, o chefe da equipe austríaca. O tetracampeão viveu um ano irregular em 2014. Longe da disputa pelo título, Seb não conseguiu emplacar nenhuma vitória e terminou a temporada na quinta colocação, com 167 pontos e quatro pódios. Já Ricciardo foi o responsável pelos três triunfos do time das bebidas energéticas neste ano.

Leia a reportagem no GRANDE PRÊMIO.

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