Briatore defende decisão de virar cliente na F1 e provoca: “É Haas, não Haas-Ferrari”

Flavio Briatore, polêmico dirigente da Alpine, voltou a defender a decisão de tornar-se cliente da Mercedes e ressaltou o fato de que ninguém destaca os fornecedores de motor dos times campeões. No discurso, citou McLaren e Haas

Muito criticado pelo papel na transformação da Alpine em equipe cliente da Mercedes na F1 a partir de 2026, Flavio Briatore defendeu a decisão de encerrar a produção de motores para a categoria. Usando o exemplo da McLaren, campeã do Mundial de Construtores de 2024, o italiano afirmou que raramente se destaca qual unidade de potência as equipes estão usando. Segundo ele, os holofotes vão sempre para o nome do time.

Além disso, o dirigente cravou: a Alpine não conseguiria vencer com os motores fabricados em Viry-Chatillon. Assim, Briatore tomou uma decisão pragmática e decidiu encerrar o departamento que “não consegue fazer o carro evoluir”.

“Os franceses querem vencer. Com nossos motores, não podemos fazer isso. É simples assim”, explicou Briatore ao portal alemão Auto Motor und Sport. “Se queremos vencer, temos de ceder nas áreas em que não somos competitivos, e teremos um problema a menos para lidar no futuro. Vamos focar na máquina”, disse.

“A McLaren se tornou campeã mundial com motores Mercedes, mas quantas vezes você leu ou ouviu que a McLaren-Mercedes foi campeã? E a Haas é a Haas, não Haas-Ferrari”, provocou.

Alpine terá motores Mercedes a partir de 2026 (Foto: AFP)

Constantemente questionado sobre uma possível venda da Alpine, Briatore mais uma vez rechaçou completamente a possibilidade. O polêmico dirigente disse que ouve as mesmas perguntas desde 2005 e 2006, anos do bicampeonato de Fernando Alonso, mas garantiu que a direção da marca está feliz com o gerenciamento atual da parte financeira.

Ao fim da fala, porém, Briatore afirmou que “não pensa” sobre o que fará em “cinco ou dez anos“, deixando no ar uma possível mudança de caminho para o futuro.

“Não entendo de onde saem essas especulações. Desde que estou na Renault, sempre me perguntaram as mesmas coisas. Mesmo quando vencemos os títulos de 2005 e 2006, me perguntavam se a Renault queria continuar na F1”, relembrou.

“Acredito na eficiência, e a direção da equipe aprecia o fato de que eu gerencio o dinheiro deles de forma cuidadosa. Agora, estou poupando tudo nas áreas que não tornam o carro mais rápido. Não penso sobre o que farei em cinco ou dez anos, decido o que é importante agora”, finalizou Briatore.

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