Futuro piloto da Ferrari, Sainz alerta para risco de reação do motor demorar anos

Charles Leclerc e Sebastian Vettel são os pilotos que mais sofrem com o motor Ferrari, muito menos potente do que em anos anteriores e responsável por uma atuação tenebrosa no GP da Bélgica de Fórmula 1. Só que um outro piloto também tem motivos para perder o sono: Carlos Sainz Jr., já confirmado como substituto de Vettel para 2021, alerta que a escuderia precisa começar o árduo processo de desenvolvimento da unidade de potência o mais cedo possível.

“A Ferrari claramente é a primeira a ficar incomodada agora”, disse Sainz, entrevistado em Spa-Francorchamps. “Deu para ver claramente como eles sofreram. Eles tiveram alguns problemas de aderência com o carro, só que, como um todo, eu diria que eles precisam dar um grande passo adiante com o motor”, seguiu.

Desenvolver motor, entretanto, não é tão simples assim. Sainz pilotou pela Renault entre 2017 e 2018 e teve experiência com isso: a escuderia francesa investia pesado na unidade de potência, mas não conseguia trazer resultados de destaque nos GPs.

“Eu sei como é difícil. Levou alguns anos até a Renault conseguir [melhorar o motor], também levou tempo para a Honda. Só que o fato de a Renault já estar quase lá, perto da Mercedes, mostra que é possível. Se há uma equipe com a estrutura para isso, com recursos para tentar melhorar, essa equipe é a Ferrari. Tenho certeza de que eles estão trabalhando com tudo agora. Tomara que, quando eu chegar lá, eles tenham melhorado um pouco e a gente consiga dar um passo adiante juntos”, encerrou.

A Ferrari completou a corrida com os dois carros e não pontuou, algo que não acontecia desde o GP da Inglaterra de 2010. Em Spa, o máximo possível foi o 13° lugar de Vettel, com Leclerc em 14°. Domingo pior, só o do próprio Sainz: o espanhol nem largou após a McLaren detectar problemas no escapamento do carro #55.

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