Garantidas com Verstappen e Gasly, Red Bull e AlphaTauri vivem enigmas com segundo carro

Max Verstappen e Pierre Gasly são excelentes, mas Red Bull e AlphaTauri precisam de soluções para os companheiros de equipe. Qual a melhor alternativa?

O fim da temporada da Fórmula 1 se aproxima, e ao contrário de anos anteriores, o grid do próximo campeonato ainda está bastante aberto, e o mais curioso é que vagas de relevância ainda estão disponíveis, especialmente em Red Bull e AlphaTauri.

As duas equipes estão muito bem garantidas com um piloto. A Red Bull tem Max Verstappen, que renovou o contrato no início do ano e segue guiando o fino, tentando se meter na briga das Mercedes o tempo inteiro e acumulando pódios com um projeto de carro muito abaixo do esperado. Se o time de Milton Keynes mira o título mundial, parte do futuro está bem garantido com Verstappen.

A AlphaTauri vive situação semelhante. Na busca para deixar de ser apenas um time B e passar a incomodar o restante do pelotão intermediário, a equipe tem um casamento quase perfeito com Pierre Gasly. O francês vive ótima fase desde que foi rebaixado da Red Bull em 2019, sempre maximizando o potencial do carro, com direito ao triunfo no GP da Itália.

Alexander Albon é um contraste de Pierre Gasly (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Porém, Alexander Albon e Daniil Kvyat não agradam e não fecham a matemática ideal para as duas equipes. Albon não se adapta ao carro montado para Verstappen, está sempre abaixo do potencial, perdendo constantemente para McLaren, Racing Point e Renault. Nem o primeiro pódio na Toscana foi capaz de impulsionar a temporada do anglo-tailandês até aqui.

É muito importante relembrar que Albon ainda está na segunda temporada na Fórmula 1 e tem apenas 24 anos. A pressão de uma equipe grande, que talvez não seja equivalente ao talento do piloto, pode destruir sua carreira. Um rebaixamento em 2021, assim como no caso de Gasly, tende a ser um interessante passo para salvar a trajetória de Alex, que já demonstrou pontos positivos na categoria.

Kvyat, por outro lado, está praticamente no fim de sua trajetória pela Fórmula 1. A temporada 2020 não é necessariamente ruim, já que luta por pontos de forma constante e vinha em sequência de três top-10 até o conflito com Albon no GP de Eifel. Porém, como retrato de sua carreira na F1 até aqui, Daniil falha na hora de dar um passo a mais. Enquanto Gasly vence corrida e bate na porta do top-5 em algumas ocasiões, o russo se contenta com um ou dois pontos somados a cada GP.

Kvyat não corre além das expectativas (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Diferente dos tempos de Vettel, a Red Bull não é caçada pelos adversários, mas tem a missão de caçar a Mercedes e recuperar o título. Para isso, não pode jogar pilotos novos como Gasly e Albon na panela de pressão. Nos tempos de Seb campeão, Mark Webber era o companheiro de equipe. Um piloto experiente, cascudo, que inclusive tinha liberdade para tentar atacar o alemão, e no fim, não tinha nível suficiente.

Depois de experiências fracassadas, trazer um “Webber” para Verstappen é a solução ideal. Nico Hülkenberg e Sergio Pérez são pilotos disponíveis e dispostos a aceitarem este papel.

Porém, a Red Bull não precisa desistir de Albon. Com desempenho prévio positivo na Toro Rosso, uma dupla com Gasly na AlphaTauri, sem a pressão que o time principal exerce, é a melhor solução para manter o anglo-tailandês empregado na F1.

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