Russell ataca Verstappen: “Disse que ia jogar a porra da minha cabeça no muro no Catar”

George Russell cansou de ouvir ofensas calado e, como diz o ditado, colocou ‘a boca no trombone’ ao afirmar que Max Verstappen avisou que ia bater de propósito na largada do GP do Catar

George Russell cansou de ouvir as acusações de Max Verstappen calado e resolveu dar a sua versão sobre os acontecimentos pós-classificação do GP do Catar, no último fim de semana. O piloto da Mercedes revelou que o rival avisou que ia “jogar a porra da minha cabeça no muro” em batida proposital na largada da corrida em Lusail.

Tudo aconteceu por conta do Q3 da classificação. Na última ida à pista, Verstappen e Russell vinham em voltas de preparação para abrir o giro final, mas o piloto da Mercedes estava mais rápido quando pegou o RB20 lento no setor 3.

Max era o pole naquele momento, e George, também favorito, não conseguiu bater o tempo do rival. Ele insinuou que havia perdido a primeira posição por conta do incidente.

Os dois foram chamados à sala dos comissários, e a indignação de Verstappen foi porque, segundo a imprensa neerlandesa, Russell disse que foi bloqueado “de propósito”. Os comissários, então, puniram o taurino com a perda de uma posição no grid, e George herdou a pole. Na coletiva de imprensa depois da vitória no Catar, o tetracampeão afirmou que havia “perdido o respeito” pelo #63.

George Russell não economizou nas falas contra Verstappen (Foto: Mercedes)

Depois de ouvir as acusações de ter “mentido”, Russell atacou Max. “Acho tudo muito irônico, considerando que, no sábado à noite, ele disse que iria sair do traçado propositalmente para bater em mim e, cito, ‘jogar a porra da minha cabeça no muro’”, disparou em coletiva de imprensa.

“Questionar a integridade de alguém como pessoa, sendo que fez comentários como esse no dia anterior, acho muito irônico, e não vou me sentar aqui e aceitar isso. As pessoas têm sido intimidadas por Max há anos, e não se pode questionar as habilidades de pilotagem delas. Mas ele não consegue lidar com a adversidade sempre que algo vai contra ele”, continuou.

Jedá" target="_blank">Jedá 2021, Brasil 2021, ele ataca. Em Budapeste este ano, logo na primeira corrida sem o carro dominante, bate em Lewis [Hamilton], bate na equipe. Como disse, para mim, aquelas falas na noite de sábado e no domingo foram totalmente desrespeitosas e desnecessárias, pois brigamos muito na pista. Faz parte da corrida. E o que acontece na sala dos comissários? Também brigamos muito, mas nunca é pessoal. Mas ele está indo longe demais agora”, enfatizou Russell.

Em seguida, Russell questionou o porquê de outros pilotos nunca terem estado dispostos a falar sobre as táticas do neerlandês. “Simplesmente não sei por que os outros, quando estiveram nessa batalha contra ele, apenas facilitaram as coisas e deixaram tudo como estava.”

“Lewis é um campeão mundial como eu quero ser, e acho que ele é um modelo de ouro que os mais jovens devem admirar. E a maneira como ele lidou com a luta pelo campeonato [de 2021] foi dura, agressiva, mas sempre respeitosa, nunca passou dos limites”, seguiu.

“É possível passar dos limites quando se faz um pequeno erro de julgamento, mas sair do seu caminho para dizer que vai bater de propósito em alguém e jogá-lo contra o muro é passar dos limites”, salientou.

O #63, então, foi questionado sobre só ter se manifestado agora. “Porque ele se manifestou na imprensa. Sinto que me desrespeitou como piloto”, afirmou.

“Eu o conheço há 12 anos. Nós já nos respeitávamos antes. Nunca tivemos nenhuma colisão… mas temos um cara que está no topo do esporte e que acha que está acima da lei. Não acho que isso seja correto”, acrescentou.

“Admiro as batalhas dele em pista e quando é duro e agressivo. Mas o que vimos no final da temporada de 2021, ou o que vimos no México com Lando [Norris], não foram manobras duras e agressivas. Eram do tipo ‘vivam ou morram, estou disposto a derrotar esse cara’. E não acho que seja a maneira como devemos correr”, encerrou Russell.

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