Russell diz que engenheiros da Red Bull ameaçaram debandada após ira de Verstappen
A guerra de palavras entre George Russell e Max Verstappen, que começou no Catar, teve continuidade em Abu Dhabi e escalou ao ponto do britânico dizer que quase houve uma debandada da Red Bull após o GP da Hungria
A temporada da Fórmula 1 já se encerrou, mas isso não amenizou as críticas de George Russell a Max Verstappen em meio à guerra de palavras entre ambos. Agora, afirmou que o atual tetracampeão mundial “não sabe lidar com adversidades” e relembrou a postura agressiva que teve no rádio no GP da Hungria que, segundo o piloto da Mercedes, resultou em 25% dos engenheiros da Red Bull buscando emprego em outra equipe.
Russell pontuou que não entende ao certo o porquê de Verstappen ficar tão bravo com as colocações que fez. Para ilustrar o problema de temperamento que citou, mencionou a prova na Hungria, quando estava com um ritmo fraco e não amenizou no rádio, deixando a frustração pela performance se transformar em xingamentos.
Por isso, Russell questionou a capacidade de Verstappen lidar com situações complicadas depois de ter o “carro mais dominante da história” desde 2022. Além disso, também afirmou que não enxerga o rival como “imbatível” quando está em cenários mais vulneráveis.
“Não sei por que esse tópico o deixou tão bravo”, disse. “Ele não sabe lidar com adversidades, teve o carro mais dominante da história por dois anos e meio. Não estou questionando as habilidades dele, nem um pouco, mas no momento em que não tem o carro mais rápido – pegamos Budapeste como exemplo, ele bate no Lewis [Hamilton], ataca toda a equipe e perde a linha”.
“Imediatamente após aquela corrida, 25% da sua equipe de engenharia estava enviando currículos para Mercedes, McLaren, Aston Martin. Disseram que não conseguem lidar com um cara assim. E, desde a Áustria, ele venceu o mesmo número de corridas que seis outros pilotos. Então, quando pergunta, o Max é derrotável? Claro que é”, opinou.
“Quando está no carro mais dominante, ele é imbatível. Da mesma forma que Lewis e eu, quando tínhamos o carro mais dominante em Silverstone, em Las Vegas, também éramos imbatíveis”, encerrou.
Verstappen, por outro lado, negou que houve algum empecilho dentro da equipe por conta do episódio e afirmou que a Red Bull permaneceu unida e “não desistiu”.
“O que sei é que a equipe não desiste. Há muitas pessoas muito competentes e realmente gosto de trabalhar com elas. Sei que também foi difícil, houve muita pressão este ano. Quando sai de uma temporada como a do ano passado, onde basicamente quebramos todos os recordes, e então, em determinado momento, começa a ter dificuldades com o carro e não entende o que está acontecendo ou o que está dando errado. É importante manter a calma e tentar resolver”, afirmou.
“Estou muito orgulhoso de como todos se mantiveram unidos nessas corridas difíceis onde saímos um pouco perdidos. E então voltamos para a fábrica, houve muita análise. Acho que quando fomos para Austin, depois de realmente entender os problemas de Monza, já tivemos uma melhoria no desempenho e muitas ideias para o ano que vem”, concluiu.
Ao final da temporada, mesmo com as dificuldades, Verstappen foi o grande campeão do Mundial de Pilotos, com 437 pontos conquistados, enquanto Russell ficou em sexto na tabela, com 245, imediatamente acima de Hamilton, o companheiro de equipe.
A Fórmula 1 agora está oficialmente de férias e dá adeus a 2024. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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