Russell vê Ferrari e Red Bull “se aproveitando das regras” e espera mudanças em Spa

George Russell não sabe como nova diretiva técnica da FIA vai afetar carros rivais, mas acredita que interpretação "ousada" das regras pode ser prejudicada a partir do GP da Bélgica

F1 2022 AO VIVO: VERSTAPPEN BRILHA, MERCEDES MOSTRA FORÇA E FERRARI IMPLODE NA HUNGRIA | Briefing

A diretiva técnica da FIA sobre a oscilação vertical dos carros, anunciada ainda no final de semana do GP do Canadá, não foi posta em prática pela entidade até hoje. Após ser adiada algumas vezes, a nova medição está programada para ser posta em prática no retorno da Fórmula 1 após as férias de verão na Europa, com a realização do GP da Bélgica. E George Russell acredita que tanto Ferrari quanto Red Bull vão ter mais motivos para lamentar do que a Mercedes.

“Não há dúvidas de que Ferrari e Red Bull se aproveitaram do regulamento nesse sentido, e nós meio que respeitamos as intenções da regra”, explicou Russell à emissora britânica Sky Sports. “Mas não há garantias de que isso os traria para mais perto de nós. Sabemos que se fosse no nosso carro, o faria mais lento. Não há garantias, cada carro é diferente. Mas não vai ajudar eles, com certeza”, observou.

Sobre a briga pelo título, Russell disse ver Max Verstappen e Charles Leclerc próximos em termos de nível. No entanto, o monegasco da Ferrari vem sofrendo com estratégias erradas, patacoadas de sua própria equipe e erros próprios, que permitiram ao atual campeão abrir nada menos que 80 pontos antes da F1 sair de férias. Enquanto isso, o britânico vê a Red Bull “sólida”, tomando decisões certas semana após semana.

▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!

Russell destacou progresso da Mercedes em relação ao início da temporada (Foto: Mercedes)

“Max [Verstappen] e a Red Bull estão passeando”, brincou Russell. “Acho que Max e Charles [Leclerc] estão em um nível similar no momento. Realmente sinto por Charles, porque ele está fazendo um ótimo trabalho e teve muito azar. Max e Red Bull foram absolutamente sólidos a cada semana, e vimos isso nas últimas corridas”, salientou.

Apesar da clara vantagem dos carros que brigam pelo título, a Mercedes definitivamente diminuiu a distância para os líderes em relação às primeiras corridas do campeonato e hoje consegue oferecer alguma competitividade, algo que não foi possível no início da temporada. Russell crê em manter a toada no time alemão, para que seja possível levar a disputa às duas equipes da frente no futuro.

“Mas não há dúvidas de que estamos fazendo progresso como equipe”, avaliou. “Estávamos terminando quase um minuto atrás do vencedor da corrida no começo da temporada, agora foram 10s nas últimas corridas. Se conseguirmos continuar nesse caminho, definitivamente vamos estar na briga”, ressaltou.

“Spa vai ser interessante, com algumas mudanças no regulamento que podem trazer outros times para mais perto de nós”, comentou. “E acho que, como equipe, temos muita confiança em nós mesmos e fé de que estamos fazendo um grande trabalho e não há razão para não estarmos na briga [pelo título]”, opinou.

Hungaroring reservou a primeira pole da carreira de George Russell (Foto: AFP)

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2

Por fim, Russell se disse conformado com o terceiro lugar na Hungria, mesmo depois de conquistar sua primeira pole-position da carreira. De acordo com o britânico, as circunstâncias da corrida exigiram que a Mercedes tomasse certas decisões, e apesar de ter ficado uma posição atrás de Lewis Hamilton, George se mostrou feliz com o resultado.

“Acho que fizemos tudo pelas razões certas”, afirmou. “Quando eu estava parado no grid, estavam caindo pingos de chuva. Eu estava com [pneus] macios e todo mundo estava com médios, então comecei a esfregar as mãos. Mas infelizmente, depois de quatro voltas — com uma vantagem de 3s —, a chuva parou e o pneu macio não era mais o melhor, e os médios começaram a se aproximar”, explicou.

“Nós paramos um pouco cedo nos dois stints, reagindo ao Max e às Ferrari”, revelou. “Mas no final, infelizmente, isso nos comprometeu quando a chuva voltou a cair e eu estava com os médios velhos, tentando me defender de Lewis [Hamilton] e Carlos [Sainz], que estavam com macios novos”, lamentou.

“Mas isso é automobilismo, você não pode prever cada cenário”, admitiu. “Fizemos tudo certo como equipe, poderia ir para um lado ou para o outro e poderia ter ido para o nosso se a chuva tivesse continuado por mais dez minutos após a largada. Tínhamos uma vantagem, não precisaríamos parar tão cedo e os dois últimos stints com os médios teriam sido mais fortes. Mas ainda assim, pole-position e P3, muita coisa a se orgulhar”, finalizou.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.