Grosjean revela que cogitou se tornar chef de cozinha após ficar sem vaga na F1 em 2010

Construir uma carreira na F1 é bastante complicada, e Romain Grosjean sentiu isso na pele. Em 2010, quando ficou sem uma vaga na F1 após perder o assento para Vitlay Petrov, o francês admitiu que pensou em se tornar um cozinheiro profissional

Romain Grosjean passou por momentos difíceis em sua carreira e chegou a pensar que teria que abandonar a sua profissão de piloto. Em entrevista ao podcast oficial da F1, o competidor revelou que cogitou tornar-se chef profissional.
 
A entrada do francês na F1 aconteceu durante a temporada de 2009, substituindo Nelsinho Piquet na Renault após o escândalo do ‘crashgate’. Na época, conseguiu o 13º lugar como melhor resultado e terminou o ano com zero ponto e em 23º.
 
Mesmo mostrando sinais de que poderia evoluir dentro da categoria, o piloto acabou perdendo o posto para Vitaly Petrov no ano seguinte. Isso o deixou a pé e o obrigou a procurar alternativas em sua jornada.
 
“Foi difícil. Éric Boullier era o chefe da Lotus e eu estava em contato. Ele me disse que caso não encontrassem ninguém eu era a escolha óbvia, pois tinha a experiência na equipe. Então, no dia 31 de janeiro de 2010, recebi uma ligação de Éric dizendo que assinaram com [Vitaly] Petrov e eu estava fora”, explicou.
Romain Grosjean (Foto: Haas)

“Na hora pensei que não iria mais correr, então cogitei me tornar um cozinheiro, pois isso é uma das minhas paixões. Fui para a escola de culinária e me disseram que eu era muito velho. Eles disseram não”, completou.
 

Com sua tentativa frustrada de se tornar um mestre cuca, Grosjean viu na GP2 a oportunidade de voltar para as pistas. Em 2010, assumiu um carro na equipe DAMS, onde conquistou dois pódios, somou 14 pontos e um contrato para a temporada completa de 2011. Ali, foi o campeão.
 
“Tive uma boa conversa com Jean-Paul Driot [chefe de equipe], e ele me disse que se eu não tivesse nada em 2011, tinha um assento no time. Ele manteve sua palavra, pagou por tudo e trouxemos a DAMS de volta ao topo”, falou.
“Estou muito orgulhoso daquela época, pois a equipe estava sofrendo e por conta da experiência. Por causa da confiança que eu tinha eu consegui leva-los de volta ao topo. Estou ainda mais orgulhoso que eles continuaram vencendo após alguns anos”, seguiu.
 
Por fim, Romain admitiu que não estava pronto para a F1 quando fez sua estreia. “Muitas coisas. A F1 não é apenas pilotar. Pilotar o carro é uma coisa, mas tem também estar do lado de fora, estar atento ao que acontece e os jogos e a mídia. Então, eu vim para a F1 e as pessoas pensaram que eu era arrogante, mas eu era apenas tímido”.
 
“Eu estava tentando não atrapalhar nada. Ninguém me disse o que fazer e o que não fazer e por isso eu não estava pronto. Foi o começo de um sonho. Após as férias de verão, eu recebi a ligação que dizia que estava no carro para as últimas sete corridas, me acostumar com a F1 antes da próxima temporada e usar isso como aprendizado. Aconteceu que não foi o caso”, lamentou.
 
“Acredito que foi o caso de lugar errado na hora errada. Eu estava próximo de Fernando [Alonso], o que era incrível, aprendi muito com ele. Óbvio que ele era muito veloz. Mas com toda a história do ‘crashgate’, eu era uma parte da mobília que precisava de mudança. Eu fui uma parte do lance de Flavio Briatore e apesar de dever muito a ele, acredito que também me custou minha primeira carreira na F1”, encerrou.
 
Hoje, Grosjean corre sua sétima temporada completa na F1, defendendo as cores da Haas. Somou, até o momento, 27 pontos, aparecendo em 14º na classificação.
 
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