Zhou fala em honra por ser 1º chinês na F1, mas lamenta: “Não vejo outro em 10 anos”

Após três temporadas competindo pela Sauber — antiga Alfa Romeo — na Fórmula 1, Guanyu Zhou saiu da categoria ao final de 2024. Mesmo depois de um ano esquecível, com apenas quatro pontos somados, ainda acredita que deixou um legado importante, em especial para a China, ao ser o primeiro representante do país no grid. 

Por isso, espera ter causado uma marca no país asiático e descreveu o feito como “uma grande honra”. Somado a isso, afirmou que espera inspirar jovens e crianças chinesas através do tempo que passou na Fórmula 1. 

O grande auge da carreira de Zhou, ao menos para este legado que busca, foi o GP da China de 2024, quando se tornou o primeiro chinês a disputar um GP em casa. Na ocasião, cruzou a linha de chegada em 14º e se emocionou após a conclusão da prova. 

“Acho que deixei um legado apenas por ser um piloto de Fórmula 1 chinês”, afirmou. “Ser o primeiro e único. Não acho que alguém virá nos próximos dez anos, se eu não voltar. É uma grande honra ser a primeira pessoa e me tornar uma enorme inspiração para as crianças que estão crescendo, o que é muita pressão, mas também uma bela honra de se ter.”

“Por outro lado, mundialmente, não quero ser lembrado apenas como o primeiro piloto chinês. Quero que as pessoas pensem que os esportes provavelmente não são uma prioridade para nós como país, mas ainda posso estar lá e ser muito bom nisso”, continuou. 

Zhou também foi perguntado sobre os aprendizados de uma temporada difícil, na qual só pontuou em uma prova, o GP do Catar, e viu Valtteri Bottas, o companheiro de equipe, terminar o ano zerado. O Ele destacou que a temporada começou bem para a equipe, mas desandou e acabou com a Sauber tendo o pior carro do grid. 

“Honestamente, acho que isso veio das últimas corridas, porque no início do ano as coisas estavam funcionando bem, mas depois tivemos um problema nos pit-stops. Por um longo período depois disso, fomos o carro mais lento do grid. Então, acaba sofrendo, tendo menos esperança para o futuro e sentindo mais dificuldades em geral para se sentir confortável e confiante”, descreveu. 

“Mesmo com o anúncio de que estava deixando a equipe, ainda sinto que é muito fácil dizer que foi uma temporada para esquecer. Queria mostrar o que posso fazer, queria sair da F1 da melhor maneira que pudesse imaginar, não apenas por mim, mas para o paddock que me observava”, acrescentou. 

Olhando para o futuro, Zhou espera voltar para a F1 e pensa exclusivamente na categoria, diferentemente de outros pilotos, como o próprio Bottas, que já exploram outras oportunidades depois. Com isso, está em busca de ainda ser um frequentador do paddock. 

“Quero voltar. Isso foi sempre o que esteve na minha mente. Sabia que meu potencial completo não tinha sido mostrado antes dos pontos. Conquistamos algo que merecíamos há muito tempo. Este é um ano que mentalmente é muito intenso, mas acaba crescendo”, comentou. 

“Acho que o próximo passo será ficar no paddock. Não sei para onde estou indo, ainda estamos trabalhando no futuro. Há alguns interesses diferentes que temos e depois tudo se resume a tentar estar lá. Tudo é independente, é desconhecido com tantos novatos no grid. Só quero estar pronto para que, quando surgir uma chance, eu aproveite”, encerrou. 

Agora, a Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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