Steiner critica postura de Hamilton em fim de ciclo na Mercedes: “Não está lidando bem”
Para Guenther Steiner, ex-chefe da Haas, Lewis Hamilton só vê "como meio vazio" na Mercedes, enquanto George Russell tenta se provar como novo líder do time na Fórmula 1
Ex-chefe da Haas, Guenther Steiner criticou a postura de Lewis Hamilton em seus últimos momentos como piloto da Mercedes na Fórmula 1. A caminho da Ferrari, o heptacampeão mundial vem reclamando muito do desempenho do W15, carro do time alemão, durante a temporada 2024, já que não conseguiu apresentar performance parecida com os anos anteriores.
No último fim de semana, em Interlagos, Hamilton terminou a prova em décimo, disse que a corrida “foi uma bosta” e pediu: “não vamos falar do carro, ele não é bom”.
“Não é bom. É devastador ter essas corridas ruins na segunda metade, mas o que posso dizer é que tentamos, estamos vindo para o fim de semana, mas é inaceitável, não é bom o suficiente. Precisamos assumir culpa, eu preciso assumir culpa, mas estou fazendo o melhor que posso. O carro foi um dos piores no fim de semana, não sei o que é, precisamos entender. Os mecânicos fizeram um grande trabalho, treinando pit-stop às 04h00. Todo o trabalho que fizeram durante o fim de semana…um dos carros estava funcionando melhor. Há potencial”, lamentou Hamilton após o GP de São Paulo.
Para Steiner, o #44 não está lidando bem com o fim de ciclo ruim como piloto da Mercedes. “O carro é o que é. Não é o melhor carro. É o quarto melhor carro do momento em um dia bom. Então, é mais fácil para Lewis reclamar, sabendo que está indo embora de qualquer maneira”, opinou, no podcast Red Flags. “Ele não gosta do carro, de como ele pilota. Sabe que agora, em três corridas, ele não estará mais lá. Isso o afeta, e eu diria que ele não está lidando muito bem com isso”, completou Steiner.
O engenheiro italiano ainda comparou a postura de Lewis com a do companheiro de garagem, George Russell. Para ele, a diferença é muito clara porque o #63 quer se tornar o líder do time na F1.
“Acho que ele está apenas, a essa altura, não gostando do carro. Ele reclama e vê o copo meio vazio, enquanto George vê sua oportunidade meio cheia. Lewis vê isso como ‘tenho mais algumas corridas pela frente aqui, não há mais nada a ser conquistado’”, afirmou Steiner.
“George tem todo o interesse em fazer o que for preciso para sair dessa situação, para mostrar que é o líder da equipe para o futuro. Ele tem de provar isso porque sabe que seu lugar, quando seu contrato terminar, não estará 100% seguro”, concluiu.
A Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois, realiza corridas no Catar, última sprint do ano, e Abu Dhabi.
Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
LEIA TAMBÉM: Bortoleto acerta com Sauber/Audi e garante entrada no grid da F1 em 2025