Haas mantém pintura russa e abre temporada de lançamentos da F1 com VF-22

Se antecipando às rivais, a Haas resolveu mostrar ao mundo a pintura do novo VF-22 já nesta sexta-feira (4), sem muito alarde ou um evento especial para a data. O conceito de pintura "Rússia" foi mantido

HAAS APRESENTA PINTURA DO VF-22, CARRO PARA A TEMPORADA 2022 DA F1 | React

A Haas deu o pulo do gato, furou a fila e apresentou a primeira pintura de um carro para a temporada 2022 da Fórmula 1. Sem alarde, os americanos confirmaram na quinta-feira que fariam o lançamento do design do VF-22 e, na manhã desta sexta-feira (4), mostraram ao mundo através de imagens digitais.

Como já vinha acontecendo em outros anos, a Haas apresenta apenas a pintura, deixando no ar o suspense de como vai vir o novo carro. A tendência, considerando a falta de filmagens e coisas parecidas, é que o VF-22 verdadeiro só apareça mesmo nos testes de pré-temporada, em Barcelona, no próximo dia 23. O layout mantém o conceito predominantemente branco, com o vermelho e o azul em segundo plano, se inspirando na bandeira da Rússia, assim como em 2021.

Por mais que a pintura seja sempre um momento aguardado, isso virou quase que mero detalhe para 2022. É que a Fórmula 1 passa por sua principal revolução de regulamento em muito tempo e, assim, cada novo aparato aerodinâmico vai chamar bem mais atenção nos próximos dias.

Haas abriu temporada de lançamentos da Fórmula 1 (Foto: Haas)

“É animador estar no ponto onde sabemos sabendo que o VF-22 estará na pista em breve. Todos nós sabemos do que o time é capaz, já provamos no passado, e, com esse novo carro, nascido de um novo regulamento e com nosso novo design, estou confiante que podemos mostrar novamente que podemos competir nos fins de semana. Foi um grande esforço de todos os envolvidos”, declarou o chefe de equipe Guenther Steiner.

“Agora, chega a parte divertida de colocar o carro na pista e alinhar os elementos. A última temporada foi longa, mas estou confiante de que 2022 nos verá de volta ao bolo com o VF-22”, comentou.

“Este é provavelmente o projeto mais complexo que a Haas já lidou, por muitos motivos”, disse o diretor-técnico Simone Resta. “É um conjunto novo de regulamento, e, nesta temporada, trouxemos uma nova equipe para gerenciar a criação do VF-22. Nem todos são novos, mas muitas pessoas entraram agora com uma estrutura revisada. Considero como um grande sucesso neste processo. Ainda está cedo e vamos passar por uma transição de trabalhar juntos em um carro por um ano inteiro, mas, se olharmos de onde começamos, este time já é um sucesso”, completou.

O dono da equipe, Gene Haas, foi outro que falou sobre o VF-22. “É aquele período do ano em que você está naturalmente otimista que o trabalho duro e o esforço de todos serão traduzidos em participação competitiva na pista”, falou.

“Fizemos a decisão, ainda em 2020, de realmente gastar tempo e recursos neste VF-22 em vez de qualquer coisa voltada para 2021 – o que não foi fácil de assistir. Espero que a decisão entregue frutos e consigamos voltar a desafiar por pontos e conquistar coisas nos fins de semana”, finalizou.

Haas abriu temporada de lançamentos da Fórmula 1 (Foto: Haas)

Depois de dois anos amargando o fundo do pelotão, a Haas tem perspectivas melhores para 2022. Em 2020, um projeto equivocado fez o time fazer apenas 3 pontos, mas que foram suficientes para bater uma zerada Williams. Em 2021, no entanto, a equipe britânica subiu de nível e jogou os americanos para uma lanterna absoluta.

No fim, a Williams anotou 23 tentos, enquanto a Alfa Romeo fez 13. A Haas? Zero. Para sermos justos, no entanto, os americanos já contavam com a última colocação antes da temporada, visto que não evoluíram em nada o carro de 2020 e que trabalhavam exaustivamente para o novo regulamento, em 2022.

Ainda assim, mesmo com zero ponto e com o foco total em 2022, a Haas ainda teve sinais promissores em 2021. Para o chefe Guenther Steiner, ficou clara a redução da distância para a Williams no fim do campeonato passado.

“Os outros deveriam ter feito uma vantagem maior, eles desenvolveram seus carros”, disse. “As últimas duas corridas foram muito estranhas para mim. Na Arábia Saudita, aonde a volta é muito longa, nós estávamos apenas 0s150 atrás. E lutamos na corrida com uma das Williams. Talvez eles estivessem mais lentos?”, questionou.

Mas a falta de performance e de resultados esteve longe de ser o único dos problemas da Haas em 2021. Por boa parte da temporada, por exemplo, o time chegou a ter um dos carros sempre correndo com um chassi muito mais pesado do que o outro, uma falha que, definitivamente, não é comum em nível Fórmula 1.

Haas abriu temporada de lançamentos da Fórmula 1 (Foto: Haas)

Ainda, o fator pilotos novatos entrou em ação mais vezes. Além de não pontuarem, Mick Schumacher e Nikita Mazepin deram muito trabalho aos mecânicos e causaram danos aos cofres do time. O russo foi o oitavo a dar mais prejuízo em batidas, fazendo a Haas gastar cerca de R$ 16 milhões. Mick, por sua vez, foi o que mais causou rombos ao cofre, com prejuízo na casa dos R$ 27 milhões.

Nos resultados, porém, as coisas se invertem. Mick praticamente não soube o que é terminar atrás do companheiro, com Mazepin chegando a tomar mais de 1s do companheiro em classificação. A expectativa do time é que os dois evoluam e acompanhem o desenvolvimento do carro, que tende ao menos a encostar em Williams e Alfa Romeo.

A pré-temporada da Fórmula 1 começa entre os dias 23 e 25, em Barcelona. E a próxima apresentação marcada é a da Red Bull, na próxima quarta-feira (9).

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