Haas revela planos de ter piloto norte-americano no futuro: “Gostaríamos muito”

Guenther Steiner, chefe da Haas, afirmou que gostaria de ter um piloto norte-americano à frente da equipe, mas ressalta: a curto prazo, é muito difícil que isso aconteça

Acidente do líder, erro do campeão e vitória de Pérez: os melhores momentos do GP do Azerbaijão (GRANDE PRÊMIO com Reuters)

É fato que desde quando a Liberty Media assumiu a gestão da Fórmula 1, no fim de 2016, um dos objetivos era expandir o interesse e fidelizar os fãs da categoria, com atenção especial para o país-sede da empresa, os Estados Unidos. De certa forma, o objetivo vem sendo alcançado, não apenas com a realização de um GP anual no país — exceção feita a 2020 em razão da pandemia —, mas a expansão acontece também pela série ‘Drive to Survive’, na Netflix, e terá um novo capítulo com a realização do GP de Miami a partir do ano que vem. No entanto, a F1 ainda não vê nenhum piloto norte-americano fazer parte do grid desde quando Alexander Rossi, hoje na Indy, disputou o GP de Singapura de 2015, pela hoje extinta equipe Marussia.

Curiosamente, meses depois, em 2016, a Haas colocou a bandeira norte-americana no grid da Fórmula 1 ao ingressar como uma das dez equipes do Mundial. Gene Haas, conhecido com seu trabalho à frente do time da Nascar, em parceria com Tony Stewart, dá o nome à escuderia da F1, que tem como chefe o italiano Guenther Steiner.

Mas a escassez de pilotos norte-americanos na Fórmula 1, mesmo com uma equipe do país no grid, pode estar com os dias contados. É o que disse Steiner em entrevista ao site oficial da Fórmula 1. “Estamos continuamente à procura e também seguimos falando sobre isso com Stefano Domenicali [direto-executivo da F1]. Estamos olhando para o que pode ser feito e tentando fazer um plano para o futuro”, explicou o dirigente.

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Guenther Steiner gostaria de ter um piloto americano na equipe (Foto: Haas F1 Team)

No entanto, o Steiner afirmou que a ausência de um piloto nos carros da equipe norte-americana ainda pode levar mais algum tempo, já que muitos competidores não possuem a chamada superlicença – documento emitido pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) a pilotos que somam 40 pontos, que podem ser acumulados ao longo dos últimos três anos em categorias de base ou mesmo de ponta, como a Indy.

Além disso, a Haas atravessa problemas financeiros, o que a levou a lançar mão de um piloto pagante, Nikita Mazepin, cujo pai, Dmitry, e seu conglomerado de empresas, a UralChem, respondem pela maior parte do orçamento do time.

“Acho que não precisa ser algo imediato, você não pode fazer nada para conseguir alguém por causa da superlicença. Isso vai acontecer. Só precisamos ser pacientes por algum tempo. Existem alguns caras na Fórmula 2, na Fórmula 3, que parecem promissores. Vamos ver o que pode ser feito”, explicou o italiano.

A Fórmula 3, por exemplo, tem neste ano de 2021, quatro pilotos americanos. São eles: Juan Manuel Correa, Jak Crawford, Kaylen Frederik e Logan Sargeant. No entanto, nenhum deles ainda tem a superlicença, assim como Colton Herta, que foi relacionado a uma mudança para a F1 após viver trajetória ascendente na Indy, mas Steiner disse que nunca houve uma chance de contratá-lo pelo mesmo motivo dos demais.

“Eu nunca falei com Colton, e todos nós sabemos que ele não tem superlicença”, concluiu o italiano, descartando, por enquanto, a contratação do atual piloto da Andretti.

Recentemente, até mesmo Mario Andretti, campeão mundial de Fórmula 1, questionou o fato de Herta não ter superlicença, enquanto Nikita Mazepin a possui e, por isso, pode fazer parte do grid da F1.

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