Haas teme por “colapso” de funcionários por número reduzido: “Não é sustentável”

Ayao Komatsu, chefe da Haas, exaltou trabalho e esforço da equipe, mas lamentou número reduzido de pessoas e disse que não pode trabalhar com a sensação de que vão “desmoronar”

A Haas passou por um processo recente de expansão da equipe na Fórmula 1 e aumentou o número de funcionários. Agora, cerca de 330 pessoas compõem o quadro de empregados do time, o que, para o chefe Ayao Komatsu, ainda é muito pouco. Segundo o japonês, é necessário contar com mais membros para equilibrar o jogo contra as rivais do grid. 

A título de comparação, a Williams, outra equipe da segunda metade do grid, conta com cerca de 1000 funcionários. Com isso, Komatsu destacou que o número de pessoas trabalhando na Haas, apesar de ter aumentado, ainda é “insignificante”.

Consequentemente, Komatsu teme por um colapso dos funcionários, já que muitos, como destacou, estão exercendo até três funções. Por conta disso, ainda considera a situação atual insustentável e reforça a necessidade de ampliar a equipe para evitar um “desmoronamento”. 

“Olhe os números: 330 pessoas, isso é insignificante. O que é impressionante sobre esta equipe é que estamos pedindo muito de todos. As pessoas estão exercendo uma, duas ou três funções. O teste com carro antigo foi tão tranquilo, sem problemas, tudo no horário, como se estivéssemos fazendo isso há cinco anos. Mas isso só é possível porque as pessoas se esforçam ao máximo, sendo proativas e pensando à frente”, analisou. 

Haas aumentou número de funcionários, mas Ayao Komatsu ainda vê situação insustentável (Foto: Haas F1 Team)

“Mas me sinto mal, não posso contar com isso como uma base, isso não é sustentável. Não podemos levar as pessoas a um colapso. Precisamos aumentar a capacidade de recursos para que possamos alcançar essas coisas sem sentir que vamos desmoronar. Toda vez que tentamos melhorar, no momento em que acha que está estabilizado, estamos fazendo mais, estamos fazendo melhorias. Isso é desafiador para todos”, refletiu Komatsu. 

“Sim, as pessoas estão motivadas porque todas essas coisas (recrutamento e orçamento) são positivas, elas podem ver a equipe avançando. É por isso que se esforçam mais. Mas, ao mesmo tempo, nós, como alta administração, precisamos garantir um ambiente e recursos que sejam sustentáveis”, completou. 

Komatsu também refletiu sobre a última temporada da equipe, que terminou com a sétima colocação no Mundial de Construtores. No entanto, o objetivo da equipe era chegar até o sexto posto em 2024. 

Mesmo superando a Racing Bulls, que indicava ser a maior rival na busca pelo objetivo, a Alpine deu um salto inesperado na tabela após o pódio duplo no GP de São Paulo e encaminhou a sexta posição entre os Construtores. Mesmo assim, Komatsu não lamentou o resultado final e revelou que Gene Haas, dono do time, também não ficou chateado.  

Com Nico Hülkenberg e Kevin Magnussen, Haas ficou em sétimo no Mundial de Construtores (Foto: AFP)

“Ainda há muitas coisas que precisamos fazer. Terminamos em sétimo. Sim, a meta é sexto, mas não alcançamos resultados consistentes, então, só de lutar pela sexta posição seria uma grande conquista. Gene ficou muito feliz. Honestamente, pensei que ficaria chateado por não conseguirmos ficar em sexto, mas terminei a corrida em Abu Dhabi e, quando saí pela parte de trás do box, já tinha uma mensagem do Gene nos parabenizando”, revelou. 

“Então foi muito bom ouvir isso. Liguei para ele e, imediatamente, ele disse: ‘parabéns, é uma conquista incrível’, o que, honestamente, não se ouve com frequência do Gene. Então, fiquei realmente surpreso e grato pelos comentários. Mas, claro, ele é muito competitivo e quer mais. Então, sim, ele está ali sempre me motivando para estabelecer uma meta ambiciosa, mas o trabalho é realmente tentar estabelecer uma meta realista”, concluiu. 

A Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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