Hamilton lamenta por decadência da “família” McLaren e desacredita em reação para temporada 2016

Mesmo longe de Woking desde 2013, Lewis Hamilton ainda guarda um carinho todo especial pela McLaren. Um carinho que entristece. Sobretudo por ver a equipe pela qual começou sua carreira na F1 se arrastar no fim do grid. E o bicampeão do mundo, no outro topo da tabela, não vê luz no fim do túnel para o ano que vem

Lewis Hamilton viveu alguns dos seus melhores momentos como piloto de F1 na McLaren. Foi na equipe pela qual seu ídolo Ayrton Senna brilhou e fez história que o britânico estreou no grid, em 2007, e logo no seu primeiro ano brigou de igual para igual com Fernando Alonso por um título que acabou indo parar nas mãos de Kimi Räikkönen. No ano seguinte, depois de um final épico de GP do Brasil, enfim, veio o tão sonhado título.

Depois de anos de glória em Woking, Hamilton fez as malas e se transferiu para a Mercedes como substituto do icônico Michael Schumacher. Foi o britânico quem levou a escuderia prateada de volta às vitórias na F1 e colocou o time no caminho dos títulos. Embora esteja na melhor fase da vida e da carreira, Lewis não se esquece das suas origens e, por isso mesmo, lamente muito o momento de decadência vivido pela McLaren.

Em evento realizado no começo da semana em Milão em razão da Expo 2015, Hamilton foi entrevistado pelo diário espanhol ‘AS’ e falou sobre a atual situação da sua antiga equipe. O piloto, porém, não acredita que o momento de decadência seja revertido em breve e, tampouco, no ano que vem.

Lewis Hamilton durante a Expo 2015 em Milão (Foto: AP)

“Sinto muito por eles. É uma equipe que ainda detém uma grande parte do meu coração. Com eles estreei e venci meu primeiro título, e ainda são como uma família para mim. Vê-los sofrer assim, sabendo como são competitivos, uma equipe historicamente bem-sucedida, não é nada fácil”, afirmou.

“Quando os vejo no fim da classificação, com os Manor, sinto uma profunda tristeza”, acrescentou Lewis.

Outrora companheiros de equipe de Hamilton, Alonso e Jenson Button agora têm de amargar o fundo do grid nesta nova fase da equipe britânica, que empreendeu uma nova parceria com a Honda para fornecimento de motor. Uma parceria que, até o momento, ainda não rendeu muitos sorrisos ao time.

Hamilton lamenta pela situação vivida pelos seus ex-parceiros de equipe. “Quando estou na pista, adoro lutar com os melhores pilotos. Eles são dois pilotos fenomenais com os quais não estou brigando, espero que isso mude tão logo”, disse o piloto.

Questionado se espera por uma reação da McLaren, Lewis foi taxativo. “Cara, você nunca deve dizer nunca, mas não, não acredito.”

Por fim, Lewis foi perguntado: “Onde se vê no futuro, daqui a dez anos?”. “Suponho que não na F1. Ainda tenho mais três anos de contrato com a Mercedes, e depois vamos ver. É um negócio muito competitivo, há apenas 20 vagas e sempre aparecem jovens acelerando forte. Penso em correr enquanto me divirto, mas depois vamos ver. Posso inclusive testar motos, mas não sei, vamos ver”, finalizou o britânico.

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