Após a confirmação da desclassificação do australiano, que havia conquistado em casa seu primeiro pódio na F1, a Red Bull anunciou que vai recorrer de decisão e Christian Horner, chefe do time, compareceu perente a imprensa para explicar a situação.
Horner acredita que sensor no carro de Ricciardo apresentou falhas (Foto: Getty Images)
O dirigente rubro-taurino contou que o sensor da FIA apresentou problemas ainda na sexta-feira e foi trocado a pedido da equipe. O novo fluxômetro também falhou durante o treino classificatório e a entidade, então, pediu ao time que recolocasse no carro o sensor utilizado no primeiro dia de testes em Melbourne.
Neste domingo, apesar de ter sido alertada pela FIA que a leitura dos sensores apontava para uma quebra de regulamento, a Red Bull decidiu seguir sua própria medição, por entender que o leitor do órgão regulamentador estava apresentando novas falhas.
Segundo Horner, a Red Bull vai entregar junto com a apelação documentos que indicam essas falhas. “Tomara que durante o processo de apelação fique claro que o carro esteve o tempo todo em confirmidade com o regulamento”, disse o dirigente. “Estes sensores de fluxo de combustível que foram colocados pela FIA para medir o combustível se mostraram problemáticos no pit-lane e, desde a introdução deles no início dos testes, tiveram discrepâncias”, ressaltou.
“Nós tinhamos um sensor de fluxo de combustível instalado no carro que nós acreditamos estar errado e, portanto, com base no nosso cálculo do combustível que os injetores estavam fornecendo ao motor, que é uma peça de equipamento calibrado, que é consistente e padrão durante todo o fim de semana, nós vimos variação zero”, explicou. “Nós não estaríamos apelando se não achassemos que temos um caso defensável. É desapontador que isto tenha acontecido, certamente não é culpa do Daniel. Não acredito que seja culpa do time, acredito que nós estávamos em conformidade com as regras, e a investigação e os documentos que serão entregues junto com a apelação vão demonstrar isso”, assegurou.
“Nós tivemos problema com um sensor que mudou sua leitura durante o treino de sexta-feira. Aquele sensor foi, então, substituído por outro no sábado, que falhou durante a classificação. Então nos pediram para colocar o sensor de sexta-feira de volta no carro e aplicar uma compensação. Nós não achamos correta aquela compensação e, conforme fomos para a corrida, podiamos ver que havia uma discrepância entre o que o sensor estava lendo e o que o fluxo de combustível, que é a real injeção de combustível no motor, que estava indicado. É aí que tem uma diferença de opinião”, apontou. “É uma tecnologia imatura, e é impossível confiar 100% naquele sensor, que se mostrou problemático em quase todas as sessões em que o utilizamos”, reforçou.
Por fim, Horner também justificou o fato de a Red Bull ter iginorado a orientação da FIA para fazer um ajuste durante a corrida: “Eles nos informaram e nós os informamos que tinhamos sérias preocupações em relação ao sensor deles”, relatou. “Nós acreditamos na nossa leitura, do contrário, você está em uma situação onde está reduzindo quantidades significativas de energia no motor, quando nós acreditávamos estar completamente de acordo com o regulamento. Se terminarmos nessa situação, dependendo da calibração do seu sensor, o positivo e o negativo, ele vai ditar muito simplesmente quem é e quem não é competitivo”, concluiu.
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