Ao passo que a disputa pelo título mundial de Fórmula 1 entre Lewis Hamilton, da Mercedes, e Max Verstappen, da Red Bull, se desenha e ganha contornos mais interessantes, as opiniões acerca da batalha crescem, e diversos cenários são apontados. Desta vez, o campeão da F1 de 1997, Jacques Villeneuve, falou sobre a rivalidade dos dois pilotos, apontando a situação adversa que ambos enfrentam como pontos-chaves para a definição do Mundial e colocou a equipe heptacampeã na condição de favorita à taça nesta temporada 2021.
Segundo o ex-piloto, a Red Bull perdeu o costume de lutar por grandes conquistas, ao mesmo tempo em que Hamilton, que domina o esporte nos últimos anos, estranha a situação de ter um adversário depois de sobrar e não ter adversários para buscar campeonatos, especialmente em 2019 e 2020.
“Max está acostumado a abusar do carro para conseguir resultados, o Lewis não. Isso dependerá do andamento da temporada, se for apenas baseada na manutenção da liderança ou se terá briga como teve com o Nico [Rosberg]. Ele não está mais acostumado com isso”, afirmou o canadense em entrevista ao site alemão Motorsport-Magazin.
“Por outro lado, a Red Bull não está acostumada a brigar por títulos. Anteriormente, você já teve erros em decisões estratégicas. Será uma temporada longa e tudo isso pesará na balança”, disse.
A Red Bull foi a força dominante da Fórmula 1 no começo da década passada e enfileirou nada menos que oito títulos mundiais, sendo quatro do Mundial de Pilotos, com Sebastian Vettel, e outros quatro dos Construtores, entre 2010 e 2013. Contudo, desde o início da era híbrida, a equipe taurina foi uma coadjuvante em meio à hegemonia da Mercedes.
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Ainda em análise sobre o campeonato de 2021, Villeneuve analisou os companheiros de equipe dos postulantes ao título como fatores decisivos na disputa. Segundo o canadense, a Mercedes tem vantagem nas estratégias pelo fato de Valtteri Bottas estar mais adaptado e com melhores resultados em comparação a Sergio Pérez, companheiro de equipe de Max Verstappen, recém-chegado a Red Bull que ainda sofre para se firmar na equipe.
“Eles não estão mais acostumados a isso. Mas têm pessoas incríveis por lá, então será tranquilo. Agora, o grande problema é que o Pérez não está na briga. Ele foi rápido, mas, de alguma forma, as coisas deram errado. Como em Ímola, ele se classificou na frente, a Mercedes tinha dois carros e conseguiram usar Bottas na estratégia. Ter dois carros deixa as coisas mais fáceis para acertar uma estratégia”, concluiu.