Herbert relembra parceria com Schumacher e faz comparação com Pérez

Johnny Herbert analisou a situação de Sergio Pérez na Red Bull e relembrou o período em que dividiu garagem com Michael Schumacher na Benetton nos títulos mundiais

Dono de 160 largadas na Fórmula 1, Johnny Herbert é bastante lembrado pela parceria que teve com Michael Schumacher. Em 1995, o britânico foi o segundo piloto da Benetton, conquistando duas vitórias na temporada e fechando o certame na quarta posição, enquanto o alemão se sagrou bicampeão mundial. Na F1 atual, um dos pilotos com a responsabilidade de guiar ao lado da estrela do grid é Sergio Pérez, parceiro de Max Verstappen na Red Bull.

Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Herbert comentou sobre as dificuldades sofridas no período junto de Michael na Benetton e as comparações com o momento que o mexicano Pérez vive na Red Bull. Herbert deixou a esquadra de Enstone ao fim de 1995 e partiu para a Sauber.

“Acho que tem uma diferença. Algumas pessoas tentaram me ajudar a lidar com as dificuldades com o Michael. Porque o Michael [Schumacher] queria tudo para si mesmo. Entendo, pois foi assim que ele conquistou tudo. Depois, ele foi para a Ferrari, tentando dominar todas as sessões e corridas. E também ter no contrato que, se tivesse 1-2, era possível reverter [as posições]. Para mim, ele não precisava disso porque venceria o campeonato de qualquer jeito. O Max é muito parecido”, declarou Herbert.

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Sergio Pérez finalizou o ano com o quarto lugar em Abu Dhabi (Foto: Red Bull Content Pool)

Johnny também mencionou que a diferença de material humano tem bastante impacto na Red Bull, já que enxerga poucos pilotos capazes de fazer a diferença e competir de igual para igual contra Verstappen. Pérez está no time desde 2021 e somou 5 vitórias. No mesmo período, Max venceu 44 vezes e faturou três títulos mundiais.

“Acho que as equipes se esforçam muito, atualmente, para os carros serem iguais. Há muita preferência, como antes, mas sempre teria o elemento humano de um à frente do outro. Basicamente você conhece e confia nele o seu trabalho. É exatamente isso que o Max faz. Pérez começou bem o ano, mas não conseguiu manter, então o Max simplesmente cresceu com mais força”, comentou.

“Então, um ou dois décimos viram um segundo. Não há espaços ou chances, a não ser que ele não esteja no grid. São poucos pilotos que conseguiriam fazer melhor, como [Charles] Leclerc, [Lewis] Hamilton, Lando [Norris], Carlos [Sainz] ou George [Russell]. Mas eles seriam capazes de fazer o que faz Verstappen? Não. Creio que nenhum deles seria capaz de dar o máximo em todos os finais de semanas, ser consistente. Acho que o Lewis é quem melhor faz isso”, seguiu.

Herbert também apontou que ‘Checo’ até conseguiu melhorar o nível de desempenho na reta final da temporada, mas já era tarde demais para buscar qualquer coisa contra o oponente neerlandês. No fim, Pérez se sagrou vice-campeão mundial com 290 pontos de desvantagem para Max.

“Sempre que você melhora o nível, o outro vai além. Pérez está nesse nível. É fascinante como ele melhora, mas segue distante. Bem humilhante, como vimos neste ano. Melhorou no final do ano, mas o campeonato já estava decidido”, concluiu.

Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro de 2024, com os testes coletivos da pré-temporada, no Bahrein. A abertura do campeonato será na mesma praça, no dia 2 de março.

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