Montoya diz que Todt teria sido nome ideal para suceder Binotto na Ferrari: “Minha opção”

De acordo com o ex-piloto de Fórmula 1, antigo comandante da escuderia italiana teria "coragem para fazer as decisões corretas"

De olho na temporada de 2023 da Fórmula 1, a Ferrari decidiu colocar Frédéric Vasseur no posto de chefe de equipe após a saída de Mattia Binotto, ainda no ano passado. Mas na opinião do ex-piloto da categoria, Juan Pablo Montoya, Jean Todt seria uma opção mais adequada para o futuro da escuderia italiana.

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O ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) passou 12 anos como diretor de esportes da Peugeot no rali e no endurance antes de se mudar para a Itália e assumir o cargo de gerente geral da divisão esportiva da Ferrari, em 1993.

Sob o comando de Todt, a Ferrari alinhou os Mundiais de Pilotos e Construtores em cinco anos seguidos, entre 2000 e 2004, numa das eras mais dominantes de todos os tempos. Já em 2004, o francês virou CEO da marca, e, com outros interesses em mente, passou a preparar um substituto. A saída aconteceu de vez ao fim de 2007.

Montoya comentou sobre temporada 2022 da F1 e teceu críticas à Ferrari (Foto: IndyCar)

“Achei que eles iriam colocar Jean Todt para assumir a posição. Para ser sincero, ele seria minha escolha. Não sei se ele queria o trabalho, mas foi o cara que executou a função anteriormente e penso que todos respeitam ele o suficiente para não o deixarem irritado”, revelou Montoya. “Ele não precisa do trabalho (chefe da Ferrari) — e quando você não precisa do seu trabalho e não liga de perdê-lo, tem mais coragem para fazer as decisões corretas”, seguiu o colombiano.

“Mas espero que a Ferrari faça um bom trabalho. É um tanto surpreendente: o carro deles era muito forte no começo de 2022 e não exploraram isso muito bem. Para a surpresa de todos, você podia ouvi-los dizer: ‘bom, ainda podemos vencer as próximas 10 corridas’. E não ganharam nenhuma”, completou o ex-piloto de F1.

Ainda segundo Montoya, a Ferrari paga o preço pela instabilidade a longo prazo de seu comando técnico — algo que não é visto nas principais rivais da escuderia italiana, por exemplo.

“É como eu enxergo de fora. Olhe para Toto (Wolff): você sabe que ele não vai a lugar algum. Veja Christian (Horner) ou Helmut (Marko): também não vão sair. Mas olhe para o chefe da Ferrari e você sempre vai se perguntar: ‘quanto tempo será que esse vai durar?'”, finalizou.

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