Montoya fala em “jogada para Red Bull” e sugere negociação por Sainz com Williams
Juan Pablo Montoya sugeriu que, se fosse Christian Horner, chefe da Red Bull, negociaria com a Williams a chegada de Carlos Sainz para 2025
Recém-chegado à Fórmula 1, Franco Colapinto já tem sido um dos nomes cotados para assumir o lugar de Sérgio Pérez na Red Bull. O assunto parece quente e o chefe da equipe de Milton Keynes, Christian Horner, foi flagrado na área de convivência da Williams em Interlagos, no GP de São Paulo. Mas se Juan Pablo Montoya ocupasse o cargo de diretor do time taurino, ele faria outra negociação com a esquadra liderada por James Vowles: deixaria o argentino por lá e tentaria Carlos Sainz.
“Se eu fosse Christian Horner e diretor da Red Bull, iria na Williams e diria: ‘estão contentes com Colapinto, fiquem com ele e me dê Sainz’. Por que vou me arriscar a trocar Pérez, que é experiente e ganhou corridas na F1, e colocar um estreante contra Max [Verstappen]?”, falou Montoya à rádio colombiana W Radio.
Com passagens pela Indy, Nascar e F1, Montoya reconheceu o valor de Colapinto, mas indicou que Sainz estaria mais pronto para duelar com Max Verstappen na Red Bull. O colombiano também acredita que o contrato de múltiplos anos que o espanhol assinou com a Williams, e que entra em vigência em 2025, tem alguns gatilhos favoráveis a saída do piloto.
“Um novato contra [Alexander] Albon é duro, mas é possível. Veja que Albon nunca esteve sob pressão. Agora tem um companheiro rápido e, com isso, está caindo. Max não erra, não falha, então é mais complicado”, falou Montoya.
“Pessoalmente, se fosse Christian, diria [à Williams] para ficarem com Colapinto, já que gostam tanto e querem desenvolvê-lo. Conhecendo Carlos, acho que assinou com a Williams, mas se não tiver vitórias ou pódios, vai poder sair daqui a um ano”, prosseguiu.
“Poderia a Red Bull falar para a Williams: ‘podem perder Sainz agora ou em um ano. Agora, vocês ficam com dinheiro. Daqui a um ano, ficam sem nada’. Desta forma, seria uma jogada para a Red Bull. Não iria no Colapinto, tentaria Carlos”, completou.
Montoya também destacou que existem muitos concorrentes a Colapinto pela vaga de Pérez na Red Bull. Apesar do mexicano ter renovado o contrato em junho deste ano para ficar na equipe até 2026, o piloto parece estar vivendo os últimos momentos em Milton Keynes. O colombiano não vê Checo fazendo um mal trabalho e até traçou um paralelo com Daniel Ricciardo, demitido do grupo Red Bull ao final do GP de Singapura — a RB colocou Liam Lawson a partir do GP dos Estados Unidos.
“O problema é o mesmo. Acho que Checo ainda está lá, insistindo para o próximo ano. Acho que ele estará no grid no próximo ano. Não acredito que ele vá ceder e desistir. Pérez leva dinheiro, que é a diferença dele para Ricciardo”, disse Montoya.
“Atacam Pérez até a morte, acho que todo mundo o quer fora, merecendo ou não. Checo não fez um mal trabalho. Não sei o que acontece dentro das portas da Red Bull, mas tem muita gente se esforçando para colocar outro piloto lá. Essa é a única oportunidade de Colapinto estar no grid, mas acho que há a chance dele ficar na Williams se levarem Sainz”, encerrou.
A Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois, realiza corridas no Catar, última sprint do ano, e Abu Dhabi.
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