Magnussen cita “jornada louca”, mas nega arrependimento por ter voltado à F1

Kevin Magnussen vai permanecer na Haas até o fim de 2024, mas ganhou sobrevida na categoria após a demissão de Nikita Mazepin, em 2022. Perguntado sobre o retorno repentino, o dinamarquês disse que não se arrepende de ter decidido voltar

De malas prontas para deixar a Haas e, possivelmente, a Fórmula 1, Kevin Magnussen vai se despedir da equipe estadunidense como o piloto que mais com o macacão do time na categoria. O dinamarquês se juntou à Haas em 2017 e permaneceu por lá até o fim de 2020, mas ficou fora do grid em 2021. O retorno repentino aconteceu em 2022 por conta da demissão de Nikita Mazepin após a invasão russa na Ucrânia. Kevin não chegou a empolgar, mas foi consistente o bastante para permanecer no carro americano até o fim de 2024.

Em entrevista à revista britânica Autosport, o piloto foi perguntado se tem algum arrependimento sobre o retorno tão inesperado à categoria máxima do automobilismo. “Não, não, não, honestamente, não me arrependo. Tem sido divertido e é bom tentar algo tão inesperado. Foi uma jornada louca porque eu realmente encerrei aquele capítulo completamente. Encerrei mentalmente, tive um filho e comecei a próxima fase da minha vida com minha esposa e minha família. Então, voltei. Toda essa experiência tem sido muito empolgante para mim e minha família”, destacou o #20.

“Eu estava sentado em uma praia com uma bebida na mão, completamente fora da mentalidade da Fórmula 1 e, de repente, fiquei em pânico. Da praia para o aeroporto e então eu estava no paddock, queimado de sol, completamente fora de mim. Toda essa transição foi simplesmente selvagem e emocionante”, completou.

Ao longo de todos esses anos, o ex-piloto da McLaren e Renault conseguiu resultados interessantes, com o destaque para os inúmeros quinto e sexto lugares obtidos ao longo de 2018 e o quinto lugar no GP do Bahrein de 2022, quando o regulamento do efeito-solo voltou a vigorar na categoria. Em 2024, após a Haas voltar a ter um carro mais forte na F1, Magnussen acumulou algumas trapalhadas e punições que quase complicaram sua vida na temporada, mas pontuou no GP da Austrália ao concluir a prova em décimo, e no GP da Áustria, buscou a oitava posição.

Kevin Magnussen (Foto: Haas F1 Team)

Mesmo assim, Magnussen sofreu por não conseguir superar os bons resultados consecutivos conquistados pelo companheiro, Nico Hülkenberg. Para 2025, a Haas decidiu mudar e, além de contratar Esteban Ocon após Hülkenberg decidir ir para a Sauber, fechou com o promissor Oliver Bearman, piloto da Academia Ferrari.

“Já trabalhei muitas temporadas com ele, então não foi fácil, mas acho que essa é a responsabilidade da minha posição. Se você olhar para Hülkenberg e Kevin, em termos de dar uma referência consistente, preciso de alguém mais próximo da consistência de Nico. Mas a diferença entre eles é pequena. Os resultados fazem com que pareça um número muito diferente, e o número de pontos marcados faz parecer ainda mais discrepante, mas o fator determinante não é enorme. Então não foi fácil decidir”, admitiu Ayao Komatsu, chefe da equipe.

Para o piloto, as dificuldades já eram esperadas na Haas. “Isso é de se esperar quando você entra na Fórmula 1. Eu já era um piloto experiente quando voltei, sabia para onde estava voltando. Nada foi realmente uma surpresa, então eu sabia”, começou. “Eu sabia que haveria obstáculos e também sabia que não seria um caminho tranquilo. Haveria uma fase de lua de mel e depois, você sabe. Eu já tinha pensado em tudo. Tudo isso faz parte do processo”, concluiu o dinamarquês.

Fórmula 1 está na tradicional pausa das férias de verão na Europa e volta de 23 a 25 de agosto em Zandvoort, para a disputa do GP dos Países Baixos.

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