Norris diz que calendário “não é difícil” para pilotos e quem reclama “devia se calar”

Lando Norris, porém, saiu em defesa dos mecânicos e engenheiros, que, de acordo com ele, são os que mais sofrem com o excesso de corridas. Piloto da Ferrari, Charles Leclerc também foi questionado sobre o assunto e concordou com o britânico

Lando Norris resolveu soltar o verbo e declarou que os pilotos de Fórmula 1 não deveriam ter o direito de reclamar do calendário de 24 corridas. De acordo com o #4 da McLaren, todos os competidores possuem uma “ótima vida”, e que, na verdade, os mais afetados acabam sendo realmente os mecânicos e engenheiros, que não possuem o mesmo conforto durante as viagens e nem o tempo ideal de descanso ao longo do ano.

No início de abril, a categoria principal do automobilismo anunciou a lista de circuitos que receberão uma etapa do certame em 2025. Sem nenhuma novidade, mas com apenas uma reorganização de datas, a F1 visitará mais uma vez 24 praças ao redor de todo o mundo — começando na Austrália, no dia 16 de março, e encerrando em Abu Dhabi, em 7 de dezembro.

Pouco tempo depois, pilotos como Fernando Alonso e Max Verstappen, por exemplo, voltaram a reclamar do excesso de corridas. O neerlandês da Red Bull, inclusive, disse que a quantidade atual é “estressante”. Na época, Stefano Domenicali, CEO da classe rainha, rebateu as críticas e disse que “ninguém é obrigado” a competir.

Mas nem todos pensam da mesma forma. Ao ser questionado após o GP de Abu Dhabi, Norris descartou que veja qualquer problema com o calendário atual, e deixou claro que apenas os membros das equipes deveriam ter o direito de reclamar e pedir por mudanças.

Lando Norris deu razão apenas aos mecânicos e engenheiros das equipes (Foto: McLaren)

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“Como pilotos, [o calendário] não é difícil para nós. Se qualquer piloto disser que é difícil, ele está mentindo. Pura bobagem”, afirmou. “Vivemos uma vida ótima. Recebemos uma grande quantia de dinheiro para isso”, continuou.

“Os mecânicos, os engenheiros, são eles que viajam mais tarde, enfrentam voos piores, passam muito mais dias trabalhando do que nós. Da próxima vez que um piloto reclamar, diga para que ele cale a boca”, concluiu Norris.

Momentos depois, Charles Leclerc foi confrontado com o mesmo questionamento. Embora o #16 da Ferrari tenha citado a importância da vida particular e feito algumas outras ponderações sobre assunto, acabou concordando com o britânico.

Charles Leclerc também opinou sobre o assunto e concordou com Norris (Foto: AFP)

“Ainda acho que 24 é o máximo. Eu, pessoalmente, não estou tão cansado. Como já disse muitas vezes no passado, acho que os pilotos viajam nas melhores condições possíveis. Estamos nos cuidando nas melhores condições possíveis. Estamos fazendo de tudo”, começou. “Temos uma equipe para ajudar na recuperação. Temos muitas coisas preparadas para estarmos 100% da primeira corrida até a última. Acho que é muito mais difícil para os membros da equipe e isso tem de ser levado em consideração pela F1”, apontou.

“O maior problema que eu vejo é na vida privada. O equilíbrio entre a vida privada e a vida profissional. É claro que a vida privada sempre fica cada vez menor quanto mais corridas temos. Por outro lado, também estou em uma posição em que posso levar minha família para as corridas e viver pela minha paixão. Então, não posso reclamar. Mas ainda sinto que 24 é provavelmente o máximo”, concluiu.

Fórmula 1 agora entra oficialmente de férias e dá adeus a 2024. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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