Norris minimiza amizade e explica falta de combate com Verstappen: “Sou realista”

Lando Norris recebeu críticas na última temporada da Fórmula 1 por muitas vezes não oferecer resistência a Max Verstappen. O britânico deixou bem claro que escolhe suas batalhas e que isso nada tem a ver com a amizade entre os dois

A atualização de meio de temporada da McLaren entregou a Lando Norris um carro muito capaz de brigar por pódios e, quem sabe, até por vitórias. Mas o britânico nunca conseguiu batalhar de fato com um impecável Max Verstappen e sua Red Bull, o que acabou gerando críticas sobre sua falta de empenho nas disputas com o holandês em comparação com outros rivais. Para Lando, o motivo é muito simples: estratégia e pensamento realista.

“Acho que uma das áreas em que fiz um bom trabalho este ano foi lendo as situações em que estava envolvido, sabendo contra quem estava competindo e contra quem não estava”, disse Norris em entrevista ao portal Autosport. “Eu sei que é uma corrida no fim das contas, mas a probabilidade de perder uma posição para Max em Austin, e como eu competi com Lewis versus como competi com Max, no final eu meio que sabia que perderia ambas as posições”, contou.

“Essa não é uma atitude ruim, é apenas ser realista e honesto sobre as situações em que estou. A chance de manter Max atrás era basicamente zero. Ele era muito rápido, sua degradação dos pneus, não sei se alguém viu neste ano, foi muito melhor do que a todos”, ressaltou o britânico.

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Norris tem 12 pódios na carreira (Foto: AFP)

Enquanto seu companheiro Oscar Piastri levou pelo menos a vitória na corrida sprint no Catar, Norris amargou seis segundos lugares na temporada, cinco deles atrás de Max. Um dos momentos mais emblemáticos foi justamente no GP dos Estados Unidos, quando era líder e não ofereceu resistência ao tricampeão para depois ter mais chances na disputa contra Lewis Hamilton.

“Não faz sentido arruinar a longevidade da sua corrida tentando competir com uma pessoa que tem 99% de chance de te superar porque está em um carro mais rápido. Quando Lewis me ultrapassou, faltavam seis voltas para o final ou algo assim. Ele estava com pneus muito mais novos, então talvez não tivesse muito motivo para disputar com ele, mas havia muito mais chances de potencialmente mantê-lo atrás do que houve contra Max”, explicou Lando.

“Se eu tivesse defendido contra o Max, teria usado muito mais pneus porque ele era muito mais rápido. Só teria prejudicado minha capacidade de estender um stint ou apenas comprometeria mais minha própria corrida do que a beneficiaria. Acho que esse foi apenas um dos exemplos em que mais me ajudei do que prejudiquei ao escolher minhas batalhas”, afirmou o piloto da McLaren.

Lando Norris foi o segundo colocado no GP de São Paulo (Foto: Rodrigo Berton/Warm Up)

Questionado se a amizade com Verstappen influenciaria no tratamento dado na pista, Norris deixou bem claro que o fato de serem próximos na verdade só aumenta sua vontade de superá-lo.

“Se eu adoraria ser mais rígido e me defender melhor? Absolutamente. Tipo, por que eu não faria isso? Adoro correr e é isso que quero fazer. Não quero nunca ceder uma posição a ninguém! Principalmente para Max!”, ressaltou.

As pessoas de fora são muito rápidas em julgar por que eu não [disputaria com vigor com Verstappen] [Eles dizem], ‘ah, é porque ele é amigo do Max’. O que não poderia ter menos a ver com isso. Pelo contrário, me faz querer vencer alguém ainda mais se sou amigo dessa pessoa do que se não sou”, concluiu Norris.

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