Norris vê McLaren como “equipe mais consistente”, mas “longe de ser a mais forte”

Prestes a voltar à pista para competir no GP da Hungria, 13ª etapa da temporada 2024 da Fórmula 1, Lando Norris rechaçou a ideia de que a McLaren já teve o melhor carro do grid em algum momento no atual certame. Apesar de estar “feliz e orgulhoso” com o progresso do time comandado por Andrea Stella, o britânico deixou claro que ainda “há mais trabalho a fazer” caso eles queiram ser capazes de derrotar Mercedes e Red Bull.

Depois de ter começado o ano atrás da escuderia de Max Verstappen e também da Ferrari, a esquadra de Woking acertou em cheio nas atualizações aplicadas no MCL38 durante o fim de semana do GP de Miami e se colocou como candidata à vitória em todas as etapas desde então — na pista norte-americana, inclusive, Norris conquistou a primeira vitória da carreira na F1. Porém, uma sequência de erros de estratégia e também do próprio #4 fizeram com que a McLaren não conseguisse se aproximar dos taurinos na disputa pelo título, mesmo demonstrando ter o melhor carro em determinados momentos.

Lando, por sua vez, discordou totalmente desta afirmação. De acordo com o companheiro de Oscar Piastri, a equipe laranja-papaia em nenhum momento teve o carro mais dominante ao longo de todo um fim de semana. “Acho que, definitivamente, fomos o time mais consistente, mas não acho que fomos o melhor time”, disse o piloto de 24 anos durante as entrevistas desta quinta-feira (18), no Hungaroring.

“Talvez em uma ou duas corridas, eu apostaria em dizer que provavelmente fomos o melhor carro. Mas de ponta a ponta, durante os três dias, não acho que tivemos um fim de semana dominante. Quando olhamos para as outras equipes, elas tiveram”, continuou.

“Quando lembramos do Canadá, a Mercedes deveria ter facilmente conseguido fazer uma dobradinha por lá, mas eles bagunçaram tudo — muito mais do que fizemos em Silverstone. Então, acho que nessas outras situações em que simplesmente não tivemos o melhor carro, nós criamos oportunidades e não cometemos erros”, acrescentou Norris, antes de elogiar o trabalho realizado pela McLaren em 2024.

“A confiabilidade tem sido forte. Há tantas outras coisas para pensar e sobre as quais as pessoas não falam. Estou muito feliz e orgulhoso do que a equipe está fazendo. Então, sim, quero acreditar [que temos o melhor carro], mas acho que vimos, em duas corridas, que a Mercedes pode potencialmente parecer uma das equipes mais fortes — e ainda teremos pistas onde a Red Bull será uma das mais fortes. Acho que temos um pouco mais de trabalho a fazer”, apontou o britânico.

Na última corrida do certame, no GP da Inglaterra, a McLaren esteve muito próxima de conquistar uma dobradinha. Assim que a chuva caiu no circuito inglês, Norris e Piastri mostraram um ritmo muito superior aos demais e assumiram as primeiras posições. No entanto, falhas cometidas na hora das paradas nos boxes — Oscar ficou na pista uma volta a mais do que deveria, enquanto Lando recebeu os compostos errados de pneus — custaram muito caro, e os pilotos tiveram de se contentar apenas com a quarta e terceira posições, respectivamente. Mas para o inglês, o resultado foi o máximo que a equipe poderia ter conseguido.

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“Mesmo em Silverstone, saí [dos boxes] uma volta depois de Lewis [Hamilton], desgastamos os pneus em cinco giros e ainda tínhamos de brigar pela vitória. Independentemente de termos tomado a decisão errada naquele momento, não fomos nem de longe rápidos o bastante. Mesmo se eu tivesse saído na frente de Lewis, ainda não teria vencido a corrida, porque o desgaste dos pneus estava muito alto. Então, acho que ainda temos de olhar para essas outras coisas”, explicou.

“As pessoas simplesmente destacaram o fato de não termos vencido, mas, mesmo se tivéssemos saído [dos boxes] na liderança, não teríamos conseguido vencer de qualquer maneira. Então, temos muito mais trabalho a fazer em certas situações, e há certos pneus com os quais precisamos trabalhar. Em certas pistas de alta velocidade, acho que agora estamos mais longes de ser os mais fortes, ou um dos mais fortes”, finalizou Norris.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e EM TEMPO REAL todas as atividades do GP da Hungria de Fórmula 1 e transmite classificação e corrida em segunda tela, em parceria com a Voz do Esporte, na GPTV, o canal do GP no Youtube. Além disso, debate tudo que aconteceu na pista com o Briefing após treinos livres e classificação, além de antes e depois da corrida. Na sexta-feira (19), o treino livre 1 começa às 8h30 (de Brasília, GMT-3), enquanto a segunda sessão será ao meio-dia. No sábado (20), às 7h30, acontece o TL3, ao passo que a classificação será às 11h. Por fim, no domingo (21), os pilotos disputam a corrida em Budapeste a partir das 10h.

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