Lauda detona punições na F1 e defende liberdade dos pilotos: “Precisamos trazer os velhos tempos de volta”

Niki Lauda partiu para o ataque e criticou o excesso de punições na F1. Na visão do austríaco, a postura adotada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) está afastando os torcedores do Mundial.

 

O presidente não-executivo da Mercedes citou a punição aplicada a Sergio Pérez por conta do acidente com Felipe Massa no Canadá e afirmou que ele não teria sancionado o piloto da Force India.

“Honestamente, é uma piada”, disse Lauda em entrevista ao periódico inglês ‘The Mirror’. “O público está nos deixando porque não somos mais corredores”, avaliou. 

 

“O incidente entre Pérez e Massa foi normal. Graças a Deus não aconteceu nada, mas eu teria deixado por isso mesmo”, afirmou. “Aí na Áustria teve outra investigação do incidente entre [Sebastian] Vettel e [Esteban] Gutiérrez. Está tudo errado”, criticou.

 

Na visão de Lauda, é preciso limitar as punições, deixar que os times procurem seus direitos quando considerarem necessário e dar liberdade aos competidores. 

 

“Isso tem que parar. Se, depois de uma corrida, alguém quiser protestar por algo que considera injusto, tudo bem, deve fazer isso. Isso custa muito dinheiro, muitos advogados e muita besteira. Então isso não vai acontecer”, ponderou. “Eu deixaria os pilotos livres para correr. Tem muito controle de tudo”, disparou. 

 

“O que eu não gosto é que quando eu assisto corridas como a de Montreal, Nico Rosberg e Lewis Hamilton estavam próximos na primeira curva e aí aparece na televisão que eles estão sendo investigados”, exemplificou. 

 

Além das críticas, Lauda revelou que conversou sobre o tema com o diretor de prova da F1, Charlie Whiting, e também com Bernie Ecclestone. 

 

“Fui até Charlie e Bernie e disse a eles que nós precisamos trazer os velhos tempos de volta, como quando Nelson Piquet bateu no outro cara [Eliseo Salazar] em Hockenheim”, contou. “Você tem que deixar isso com os pilotos. Não interferir nisso. Interferência tira o interesse. O Charlie concorda com isso e eles vão fazer isso cada vez menos”, assegurou.


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