Hamilton diz que despedida da McLaren “não foi tão dolorosa e difícil” quanto da Mercedes

Além do fim do jejum de títulos da McLaren no Mundial de Construtores, o GP de Abu Dhabi do último domingo (8) ficou marcado, claro, pela despedida emocionante de Lewis Hamilton da Mercedes. Ao falar sobre a equipe campeã, no entanto, o britânico se lembrou do momento, lá em 2012, em que também teve de dizer adeus ao time com o qual estreou na Fórmula 1, mas garantiu que a sensação naquela época “não foi tão difícil e dolorosa” quanto agora.

Ainda que os momentos de maiores sucessos da carreira tenham acontecido com a escuderia comandada por Toto Wolff, com quem viveu os últimos 12 anos, foi na McLaren que Hamilton conquistou o primeiro Mundial de Pilotos, em 2008, e entrou para a seleta lista de campeões da categoria. Apesar de nutrir um carinho especial pelos papaias, o heptacampeão disse que o fim do relacionamento entre as partes não foi tão emocionante.

“Obviamente, lembro-me de conhecer Niki [Lauda]. E lembro-me de tomar a decisão [de ir para a Mercedes]. Mas, para ser sincero, não me lembro realmente dos últimos dias [na McLaren]. Definitivamente, não foi tão doloroso e difícil quanto este ano em termos de emoções”, começou em entrevista ao Motorsport Week.

“E acho que, por ter sido no final do ano, foi muito mais rápido e não houve tempo suficiente para as pessoas de dentro da equipe processarem o que estava acontecendo, acho. Então, sim, esta despedida foi muito mais emocionante porque estou na equipe há muito tempo e passamos por muita coisa juntos”, continuou.

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Na sequência, Hamilton foi questionado sobre quais momentos foram mais marcantes com a Mercedes durante o período em que estiveram juntos. Como não poderia ser diferente, o #44 teve dificuldades para destacar alguns, mas fez uma rápida retrospectiva sobre a parceria e agradeceu ao time por todo o apoio que recebeu, mesmo após ter anunciado que se mudaria para a Ferrari em 2025.

“Há tantos momentos incríveis que é impossível dizer apenas um. Penso nas vezes em que vencemos campeonatos juntos, nas vezes em que comemoramos juntos, como uma equipe, de tantas maneiras diferentes. Algumas das vitórias foram menos emocionantes para as pessoas e era possível ver os engenheiros simplesmente voltando ao trabalho, e isso realmente significava muito”, recordou.

“Este ano, em Silverstone, também a primeira vitória, o primeiro campeonato que tivemos, as derrotas que tivemos, as lágrimas de certos indivíduos — momentos em que as pessoas realmente trabalharam pesado, e então nos levantamos, fizemos um esforço e tivemos sucesso. São muitos para mencionar”, continuou, antes de falar das dificuldades enfrentadas e da gratidão que sente.

“Como equipe, definitivamente tivemos nossos altos e baixos. Por eu ter escolhido seguir por um caminho diferente, não foi fácil para as pessoas aceitarem e superarem. Mas então, pouco a pouco, ao longo do ano, ficou claro que há amor verdadeiro. Todos os membros do conselho da Mercedes que me apoiaram todos esses anos, e que ficaram chateados no começo, hoje me dizem que sempre farei parte da família”, encerrou.

A Fórmula 1 agora entra oficialmente de férias e dá adeus a 2024. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.

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