Livre para escolher, Ferrari arrisca tática inteligente em Interlagos. Problema é este Vettel sem ‘parafuso’

Como se esperava, a classificação do GP do Brasil foi marcada por uma intensa batalha entre Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, mas veio da Ferrari a decisão mais inteligente pensando na corrida. Os carros vermelhos largam de pneus macios e saem em vantagem, neste domingo (11), em Interlagos. A questão, porém, gira em torno do alemão, que vem em mais um fim de semana errático e nervoso

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A definição do grid do GP do Brasil de F1 cumpriu o que prometia já desde os treinos livres de sexta-feira. Ou seja, uma batalha equilibrada entre as dois protagonistas da temporada, temperada por um tempo instável na região do autódromo de Interlagos e incidentes polêmicos. No fim, Lewis Hamilton voltou a sua forma habitual e cravou a pole-position, neste sábado (10). Um desempenho calculado e baseado em um segundo setor em que o inglês precisou se esforçar para acertar. Enquanto Sebastian Vettel sai bem ao lado, apenas 0s093 atrás do rival, o que somente comprova o quão parelha está a briga entre os dois. É bem verdade que o campeonato de pilotos já está selado, mas há ainda o Mundial de Construtores, e é por isso que a equipe italiana fez o que dela se esperava: arriscou.

 
A Ferrari tem 55 pontos de déficit para a adversária alemã e precisa, desesperadamente, de uma dobradinha para se manter na luta pelo título que ainda resta. Aproveitando o desempenho forte na curta pista de Interlagos, o time de Maranello decidiu por uma estratégia diferente da Mercedes. Quando chegou à sua fase da classificação, os homens de Maurizio Arrivabene optaram pelos pneus macios – a segunda composição da Pirelli para a etapa brasileira. Além dos amarelos, a fabricante italiana também disponibilizou os rápidos supermacios e os compostos médios – mais lentos que os dois primeiros. 
Lewis Hamilton (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

Diante disso, a esquadra vermelha larga com Vettel e Kimi Räikkönen na perspectiva de uma primeira parte de corrida mais longa. Mas a duração do stint ainda vai depender das temperaturas. A princípio, a expectativa é de um domingo mais quente do que nos últimos dias, com marcas acima dos 27ºC. Neste cenário, a estratégia ferrarista deve ser de um único pit-stop: largada com os macios em um trecho de 32 a 36 voltas e aí a troca para os médios até o fim dos 71 giros da corrida. No caso da Ferrari, isso muda muito pouco em condições mais frias – aliás, até pode alongar o stint inicial. É bom dizer que os italianos são os únicos, entre o top-10 do grid, que vão partir com os amarelos. 

 
Em uma configuração distinta está a Mercedes. Os prateados foram mais conservadores e decidiram pelos supermacios. Neste caso, claro, o stint inicial será mais curto, fazendo da largada o momento decisivo para o pole Hamilton, muito embora a tática também obedeça à pit-stop único. Só que aí, a tendência é que os carros alemães venham antes, entre 25 e 30 voltas, para depois mudar para os médios e seguir até o fim.
 
Mas o que chama atenção aí é que a esquadra chefiada de Toto Wolff vai alinhar no grid paulistano tendo menos alternativas que a rival. Na verdade, existiria a possibilidade de duas paradas, para tentar surpreender os vermelhos em uma eventual perda de liderança, mas isso já não é possível. A Hamilton sobrou apenas um jogo de médios novos e um de macios – a equipe acabou jogando fora um set quando decidiu tentar uma volta rápida com os amarelos no fim do Q2 – mas foi surpreendida pela chuva fina. 
 
Portanto, o apagar das luzes se torna agora ainda mais importante. Já a Ferrari tem vantagem nas mãos, porque, em tese, pode adotar a tática que quiser. Tem pneus para isso – tem a chance de mudar a estratégia para duas paradas, por exemplo –, desempenho suficiente e, aparentemente, se adapta mais facilmente a qualquer temperatura. Mas há um ponto fraco: Vettel.
 
O alemão vem um fim de semana daqueles. Primeiro, o parafuso na sexta-feira e, hoje, o incidente na pesagem. É claro que o momento escolhido pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) não foi dos melhores em um Q2 em que todos estavam querendo fugir na chuva, mas reação destemperada diz muito sobre o momento que atravessa Seb, talvez deixando claro que a derrota ainda não está totalmente digerida. E aí os recentes episódios de erros em primeiras voltas vêm à tona. 
Sebastian Vettel (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
A chuva parece ser o único fator de mudança nessa ordem. A previsão fala em 50% de chance de água para o momento da corrida em Interlagos, às 15h10 (de Brasília). Se realmente acontecer, aí Max Verstappen passa a ser um jogador interessante. 

GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ o GP do Brasil de F1 com os repórteres Evelyn Guimarães, Felipe Noronha, Fernando Silva, Gabriel Curty, Juliana Tesser, Nathalia De Vivo e Pedro Henrique Marum, e o fotógrafo Rodrigo Berton. Acompanhe tudo aqui.

 

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