Marko lamenta perda da “constante companhia” Lauda e diz que “ninguém se aproxima de sua personalidade e carisma”

Consultor da Red Bull, Helmut Marko falou sobre a amizade de 50 anos com Niki Lauda. Ele esteve presente na negociação de contrato com tricampeão com a Ferrari, e afirma que mesmo com o estado de saúde ruim, a morte de Lauda é um golpe difícil de digerir

Consultor da Red Bull e compatriota do tricampeão Niki Lauda, Helmut Marko falou sobre a perda do amigo que conviveu por quase 50 anos de vida.
 
Em entrevista o canal austríaco oe24, Marko revelou que visitou Lauda no ano passado após o transplante de pulmão. Mesmo sabendo da saúde fragilizada, o consultor não conseguiu esconder o choque com a notícia.
 
"Eu sabia que ele não estava bem, mas a notícia é um golpe do mesmo jeito. Por toda a minha carreira, o Niki foi uma companhia constante. Tanto no lado da pilotagem quanto no empresarial", contou.
 
"Tivemos tantas experiências, dividimos tantas coisas e momentos divertidos, e de repente isso acontece. É duro. Não tem ninguém na Fórmula 1 que se aproxime dele em termos de personalidade, humor e positividade", completou.
Niki Lauda (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Marko também dividiu uma de suas experiências com Lauda nos tempos de piloto. Na época, eles competiam pelo posto de principal austríaco do esporte depois da morte de Jochen Rindt, e o hoje consultor da Red Bull acompanhou o tricampeão na sua transição para a Ferrari.
 
"Quando ele estava na BRM e negociava com a Ferrari, dirigirmos até Modena sozinhos. Ele queria que eu o acompanhasse na negociação do primeiro contrato com o Enzo. “Eu pensei comigo mesmo: 'Niki herdará tudo isso, é justo?' Mas em uma análise mais detalhada eu estava fora de qualquer maneira, e então eu prefiro muito mais que seja um austríaco que entenda tudo isso do que qualquer outra pessoa", finalizou
Lauda morreu na noite da última segunda-feira (20). A saúde do austríaco se complicou em agosto de 2018, quando Lauda precisou passar por um transplante de pulmão, em Viena. Mesmo em estado considerado muito grave, evoluiu seu quadro e, três meses mais tarde, teve alta do hospital e iniciou intensiva reabilitação, mas com muitas restrições pela situação delicada. 
 
No início do ano, contraiu uma forte gripe e se viu obrigado a retornar ao hospital, mas recebeu alta e seguiu o tratamento em casa, se ausentando das primeiras corridas da temporada da Fórmula 1, mas com perspectiva de voltar. Na segunda-feira, o ex-piloto foi internado em uma clínica na Suíça, onde passou por diálise, para lidar com problemas renais, detectados durante a gripe contraída, e veio a falecer.
 
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