Verstappen fez brake test com Hamilton na Arábia Saudita? FIA vê catada no freio

Avaliação dos comissários é que Max Verstappen cravou o freio de maneira brusca no momento de devolver posição a Lewis Hamilton em Jedá

Verstappen diminuiu a velocidade no meio da pista e foi atingido por Hamilton em Jedá (Vídeo: Reprodução/F1TV)

O que aconteceu exatamente na última curva do circuito de rua de Jedá no fim da 36ª de 50 voltas do GP da Arábia Saudita do último domingo? Os comissários da FIA entenderam que Max Verstappen era mais culpado pelo acidente, mas qual a razão? O que a justificativa oficial explica é que se tratou de uma catada brusca no freio.

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Os comissários da FIA chamaram Verstappen, Hamilton e representantes de Red Bull e Mercedes logo após o fim da corrida. As reuniões com ambos e a decisão subsequente saíram já após a meia-noite, na madrugada de segunda-feira no horário saudita. De acordo com a avaliação geral expedida pelos comissários, os dois pilotos evitaram passar pela área de abertura da asa móvel na liderança da prova, mas Verstappen acabou sendo tido como responsável maior pelo acidente por ter catado no freio de uma hora para outra.

“Os comissários escutaram dos pilotos dos carros 33 e 44 e os representantes das equipes, revisaram os vídeos e a evidência da telemetria e determinaram que o piloto do carro 33 foi predominantemente culpado”, disse a justificativa.

Lewis Hamilton e Max Verstappen se tocaram na Arábia Saudita (Foto: Mercedes)
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“Na curva 21, o piloto do carro 33 recebeu a instrução de devolver a posição ao carro 44 e recebeu a indicação da equipe para fazer ‘estrategicamente’. O carro 33 diminuiu a velocidade significativamente na volta 26. De qualquer maneira, era óbvio que nenhum dos pilotos queria assumir a liderança antes da terceira linha de detecção do DRS”, afirmou.

“O piloto do carro 33 afirmou que ficou pensando por que o carro 44 não ultrapassou, e o piloto do carro 44 disse que, já que não fora avisado até aquele momento que o carro 33 devolveria a posição, ficou sem entender o motivo pelo qual ficou mais lento. O ponto mais importante para os comissários na decisão de punir o piloto do carro 33 foi a freada repentina (69 bar – unidade de medida relativa à pressão e usada para calcular freadas) e significativa que resultou numa desaceleração de 2.4 g”, explicou.

“Apesar de aceitar que o piloto do carro 44 poderia ter ultrapassado o carro 33 quando este diminui a velocidade inicialmente, entendemos os motivos pelos quais ele (e o piloto do carro 33) não gostaria de ser o primeiro a passar pela linha do DRS. Mas a freada repentina do piloto do carro 33 foi determinada como errática pelos comissários e, assim, como a causa predominante da colisão. Por conta disso, a punição padrão para este tipo de incidente, de 10s, foi imposta”, terminou.

(Arte: Project F1)
A telemetria de Hamilton e Verstappen na última curva de Jedá nas voltas 36 e 37 (Foto: @_ProjectF1/Twitter)

Uma imagem postada pela conta do Twitter @_ProjectF1, especializada em telemetria na F1, publicou uma imagem do movimento de freada de Verstappen e Hamilton na última curva da volta 36, quando o imbróglio aconteceu, e 37. Embora a própria conta indique que não dá para precisar a intensidade da freada apenas por essa imagem, é interessante notar a diferença da abordagem entre as voltas. Com a justificativa da FIA colocada ao lado, oferece um contexto importante sobre o que aconteceu.

E, de fato, a imagem que Max começou a frear bem mais cedo na volta 37 em comparação com a 36. O momento da velocidade mais baixa na curva também demorou mais a chegar na volta 37.

De qualquer forma, Verstappen foi punido com 10s que não mudaram em nada o resultado final da corrida. O que ficou foi a vitória de Hamilton com Max em segundo, mesmo que no Brasil e no Catar. Agora, os dois vão empatados para a decisão do Mundial, já no próximo fim de semana, em Abu Dhabi. Quem terminar na frente será campeão.

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