Verstappen explica embate com imprensa britânica: “Você é retratado de forma injusta”

Depois de disparar contra parte da mídia britânica durante a temporada, Max Verstappen disse o que pensa e apontou certa "injustiça" dos jornalistas locais. Por outro lado, reconheceu a forte herança cultural da F1 no Reino Unido

Depois de sofrer uma série de críticas devido ao embate com Lando Norris no GP da Cidade do México, Max Verstappen viajou ao Brasil para disputar o GP de São Paulo e não economizou nas respostas. Confrontado pelos jornalistas, o neerlandês disse que “tem o passaporte errado”, referindo-se às críticas da imprensa britânica pelas disputas com o inglês da McLaren.

Depois de vencer de forma espetacular em Interlagos, Verstappen voltou a provocar no pós-corrida e questionou “onde estavam” os jornalistas ingleses. Perguntado novamente, semanas depois, sobre o assunto, Max diminuiu o tom do discurso, mas reforçou que vê algumas análises injustas por parte da mídia — principalmente em batalhas contra britânicos, como o próprio Norris ou Lewis Hamilton.

“Até tenho o passaporte certo, mas não em determinadas situações”, disse Verstappen ao portal Sportskeeda. “Não é sobre reconhecimento, é sobre certas coisas que acontecem na pista e você é retratado de maneira injusta. E, é claro, na maior parte do tempo em que estive lutando contra um piloto britânico”, disse Verstappen.

“Você sabe que quando é contra um piloto de outra nacionalidade, será um problema menor. Porque há menos para escrever sobre”, explicou.

Criticado por algumas atitudes na pista, Verstappen não se calou em 2024 (Foto: AFP)

Por outro lado, Verstappen admitiu que a cultura do automobilismo é muito forte em terras britânicas, o que naturalmente gera um número maior de esportistas oriundos do local. O piloto reconheceu que nem todos os países carregam a F1 como um de seus principais destaques, e o resultado final é uma concentração de pessoas dos mesmos lugares.

“No fim das contas, a herança [da F1] no Reino Unido é enorme. Então, naturalmente, há mais oportunidades lá. É por isso que você também vê mais gente do Reino Unido. Se quiserem ter pessoas de países diferentes, é necessário criar isso [cultura] em outros locais, e a animação também precisa estar lá”, analisou.

“Porque não é todo mundo que cresce, em todos os países, e pensa: ‘Quero ser um engenheiro de F1’ ou algo do tipo. Em alguns países, isso é mais vivo. É mais ativo, e é por isso que você tem mais britânicos nesse esporte”, completou Verstappen.

Com o ano encerrado, a Fórmula 1 retorna apenas para os testes de pré-temporada, agendados para acontecer no Bahrein entre os dias 26 e 28 de fevereiro.

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