Verstappen explica ausência de ultrapassagens no GP do Japão: “Muitas curvas rápidas”

GP do Japão teve apenas 11 ultrapassagens após a primeira volta. Vencedor da prova, Max Verstappen citou as características de Suzuka que, aliadas ao baixo desgaste dos pneus, contribuiu para falta de ação na pista

Max Verstappen reconheceu que, apesar de sua vitória de gala, o GP do Japão teve poucas emoções e explicou o motivo das ultrapassagens terem sido tão escassas no último domingo (6). Segundo o tetracampeão, o traçado de curvas de alta velocidade e o baixo desgaste dos pneus formaram uma combinação que travou o pelotão.

Após a primeira volta, a corrida em Suzuka contou com apenas 11 ultrapassagens registradas. Dentro do top-10, quase nada mudou: somente Lewis Hamilton conseguiu passar por Isack Hadjar. Os outros oito pilotos receberam a bandeira quadriculada na mesma posição da largada.

“Há muitas curvas rápidas, e isso torna muito difícil seguir de perto”, afirmou Verstappen ao site Motorsport.com. “Os pneus esquentam demais quando você se aproxima de outro carro. Os carros ficam melhores a cada ano, mas também geram mais ar sujo, então tudo vai ficando mais complicado”, explicou.

Para o neerlandês, a baixa degradação dos pneus contribuiu para que os tempos de volta entre os carros ficassem próximos, sem margem para reviravoltas via estratégia. A pista japonesa recebeu um novo asfalto, mais liso e menos abrasivo, o que contribuiu para a longevidade dos compostos.

Max Verstappen colou de vez em Lando Norris no Mundial de Pilotos (Foto: AFP)

“Quando os tempos são muito parecidos e não há muita degradação, tudo se torna muito difícil. Na segunda volta, você não consegue ultrapassar mesmo, então o melhor é criar um espaço próprio”, explicou. “No fim do stint, eles [Lando Norris e Oscar Piastri] se aproximaram e tentaram atacar porque meus pneus estavam ficando quentes demais”, lembrou.

Verstappen não é o primeiro a seguir a essa linha ao comentar a falta de ação em Suzuka. Nico Hülkenberg também citou o recapeamento do circuito japonês como fator que deixou a corrida “estática”, enquanto George Russell foi além e criticou a Pirelli pela escolha de pneus inadequada para o novo asfalto.

Para finalizar, o piloto da Red Bull destacou que o clima mais ameno também ajudou na sua gestão dos pneus: “Ajudou o fato de estar mais frio. Isso reduziu o superaquecimento, que ainda é um problema para a gente”, concluiu.

Fórmula 1 volta de 11 a 13 de abril para o GP do Bahrein, em Sakhir, quarta etapa da temporada 2025.

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