McLaren ameaça rever posição na F1 se novo regulamento falhar em “equilíbrio técnico e viabilidade financeira”

Diretor-executivo da McLaren, Zak Brown se disse otimista por um consenso sobre as novas regras da F1, mas fez exigências. O norte-americano revelou que, se o Mundial falhar em encontrar soluções financeiramente viáveis e equilíbrio técnico, vai ter de repensar a participação da equipe inglesa na maior das categorias a partir de 2021

A F1 vive um momento de pressão pela aprovação das novas regras para a temporada 2021. O Liberty Media, proprietário da categoria, e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) vem trabalhando desde o ano passado para elaborar um regulamento que priorize o equilíbrio técnico e financeiro do grid. Nesta próxima semana, os chefes vão se reunir com as equipes para apresentar as propostas finais. Por isso, o debate gera cobrança por parte dos times. E Zak Brown, diretor-executivo da McLaren, é uma voz bastante crítica. O norte-americano chegou a dizer que, se o regulamento não criar um ambiente financeiramente viável e igualdade de condições, a equipe inglesa pode repensar a continuidade no campeonato.

 
A McLaren é uma das equipes mais tradicionais do grid. Embora não esteja atravessando uma boa fase em termos de competitividade, a esquadra de Woking compete na F1 desde 1966, conquistou oito títulos mundiais entre os Construtores e 12 entre os Pilotos. Além disso, o time tem entre os campeões pilotos que fizeram história na maior das categorias, como Niki Lauda, Alain Prost, Ayrton Senna e Lewis Hamilton.
 
"Para a McLaren, duas situações são importantes: a F1 se tornar financeiramente viável e a outra é criar uma forma justa e competitiva de disputa", afirmou o dirigente em entrevista ao jornal inglês 'The Guardian'.
Zak Brown é o chefão da McLaren (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

"Se não acontecer, então teríamos de considerar seriamente a nossa relação com a F1. Não é uma posição em que queremos estar", completou.

 
"As pessoas confundem com estratégia de negociação, mas isso tem de ser uma equipe de corrida competitiva e fiscalmente responsável. E se entendermos que as novas regras não nos colocam nessa situação, então temos de rever a nossa participação na F1", acrescentou Brown, que também trabalha em uma operação na Indy.
 
Juntamente com a Ferrari, a Mercedes e a Red Bull, a McLaren também recebe um bônus pela participação no campeonato. Apesar do privilégio, o executivo acredita que o sistema de distribuição de renda na F1 pode melhorar e aprimorar os méritos por desempenho de uma equipe. "A distribuição da receita precisar ser mais equilibrada e orientada para o desempenho."
 
"E em menor grau do que hoje, por exemplo, tem de existir um reconhecimento pela história. Todos concordamos que a Ferrari é o maior nome e deve ser remunerada como tal, mas não como é hoje. Uma vez que se encontre um equilíbrio neste ponto, acho que teremos condições de acelerar a competitividade de todos", afirmou Zak.
 
A F1 definiu como prazo final para fechar o regulamento o mês de junho. Apesar do pouco tempo para novas discussões, Brown se disse otimista e acredita em um consenso. "É uma negociação difícil, mas estou otimista de que a F1 vai tomar as decisões corretas", concluiu o dirigente.
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