McLaren busca fim de poder de decisão de equipes em próximo Pacto da Concórdia

Zak Brown explicou que é fácil algumas equipes mais influentes se unirem para barrar mudanças, portanto o poder de decisão quanto ao regulamento deveria ficar nas mãos de Fórmula 1 e FIA

No que depender da McLaren, as equipes da Fórmula 1 não terão mais poder de decisão em questões relacionadas ao regulamento no próximo Pacto de Concórdia, cabendo à Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e à Fórmula 1 tais resoluções. Zak Brown, CEO do time, argumentou que a medida é principalmente para evitar escolhas parciais que favoreçam um determinado grupo.

O Pacto de Concórdia é um acordo que envolve atualmente F1, FIA e equipes do grid — que formam a Comissão de F1 — e rege o regulamento financeiro, comercial, a distribuição da receita e o compromisso das marcas com o Mundial. O mais recente entrou em vigor em janeiro de 2021 e trouxe, entre outras mudanças, a introdução do teto orçamentário na categoria.

Com validade até o final de 2025, as três partes envolvidas já discutem as próximas modificações, que, se aprovadas após votação, seguirão para o Conselho Mundial de Automobilismo para ratificação e adoção formal. O desejo de Brown, contudo, é que a palavra final seja das entidades.

“Na minha opinião, gostaria que as equipes tivessem menos autoridade, mas ainda com a mesma voz, votando em todas essas coisas diferentes que votamos”, disse em coletiva de imprensa.

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Zak Brown e Christian Horner: equipes maiores têm muito poder de influência nas regras da F1 (Foto: Red Bull Content Pool)

“Gostaria que nos livrássemos dos votos da maioria e chegássemos a um simples 50% para algo ser aprovado, pois todos nós entramos em conflito de alguma forma em algum momento, e o limite para que as equipes possam se unir e barrar algo existe”, explicou.

“Seja por uma questão de equipe A e B, seja por uma questão de fabricante, acho que precisamos devolver mais poder à Fórmula 1 e à FIA para que façam o que acham certo para o esporte”, enfatizou.

“Às vezes, somos o nosso pior problema. Nem todos estão de acordo porque querem ter a capacidade de influenciar os resultados, e isso pode ser bastante constrangedor nas reuniões dos chefes de equipe”, concluiu Brown.

Um dos temas recentemente discutidos foi o aumento da zona de pontuação, com tentos sendo distribuídos até o 12º colocado. Na ocasião, a ideia foi defendida pelas equipes menores, porém não passou pelo Conselho Mundial de Automobilismo.

Depois das férias de verão, a Fórmula 1 voltará às pistas entre os dias 23 e 25 de agosto para o GP dos Países Baixos, em Zandvoort.

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