McLaren descarta priorizar pilotos até reta final da F1: “Não temos um número dois”
CEO da McLaren, Zak Brown explicou que a cultura interna da equipe é tratar Lando Norris e Oscar Piastri com igualdade de condições. Quando o campeonato apertar, porém, o time inglês não descarta mudar abordagem e definir prioridades
Na história recente — e até antiga — da Fórmula 1, exemplos de relações entre companheiros de equipe que ruíram ao disputarem o título não faltam. Seja com Lewis Hamilton e Fernando Alonso na McLaren, o próprio inglês com Nico Rosberg na Mercedes ou Sebastian Vettel e Mark Webber na Red Bull, o fato é que a chance de buscar a taça da maior categoria do automobilismo sempre mexe com as relações internas. Todos querem ganhar. Mas a McLaren se mantém convicta de que não tem um piloto principal no momento, e quer levar a temporada assim até onde conseguir.
Foi o que disse Zak Brown, CEO da equipe inglesa, ao explicar como conciliar a relação entre Lando Norris e Oscar Piastri, que já venceram uma corrida cada em 2024. O dirigente foi questionado sobre como introduzir essa cultura em um esporte tão competitivo e não titubeou na resposta.
“Relações, comunicação e as duas pessoas que temos. Não se engane: os dois querem ser o número um e os dois são o número um. Nós simplesmente não temos um número dois”, disse Brown ao portal inglês Autosport. “Mas eles correm pela equipe. São caras que podem lutar um contra o outro e respeitam o fato de que temos dois carros principais. Sempre tivemos e sempre teremos”, cravou.
Brown, no entanto, não descartou uma mudança de rota com o campeonato em andamento. Caso um dos pilotos da McLaren esteja consideravelmente mais próximo da briga pelo título, a equipe projeta mudar a abordagem estratégica mais adiante.
“Obviamente, se chegarmos mais tarde no campeonato e um piloto tiver mais chances do que outro, podemos começar a fazer as coisas estrategicamente diferentes”, analisou. “Mas tratamos os dois igualmente. Eles sabem disso, gostam disso e respeitam nossas decisões quando precisamos fazer concessões”, explicou.
“Eles têm muito respeito por isso. Então, acho que temos sorte de ter os dois indivíduos que temos”, celebrou.
Por fim, Zak disse que a cultura criada na McLaren não pode ser forçada, mas precisa ser entendida pelos pilotos para que o ambiente funcione. Segundo o CEO, o plano tem dado certo até o momento.
“Acho que culturas se criam sozinhas. Você determina a direção e o tom, mas não consegue forçá-la. Andrea [Stella] e eu, todos aqui somos corredores. Somos justos, agressivos em nossa busca por performance. Mas de um jeito justo, sem ganhar a qualquer custo. Acho que é por isso que o time está bem. A garagem é um grande ambiente”, concluiu o CEO da McLaren.
Norris ocupa a segunda posição da F1 no momento, com 199 pontos, enquanto Max Verstappen lidera com 277. Piastri é o quarto, com 167, dez a menos que Charles Leclerc. No Mundial de Construtores, a Red Bull tem a ponta com 408 tentos, apenas 42 à frente da McLaren.
Após as férias de verão, a Fórmula 1 voltará às pistas entre os dias 23 e 25 de agosto para o GP dosPaíses Baixos, em Zandvoort.
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