McLaren escolhe atualização levada para GP dos EUA como “a mais difícil” de 2024
A McLaren levou uma frente atualizada para ser usada no MCL38 do GP dos Estados Unidos até a reta final da temporada 2024, mas o pacote não se mostrou tão eficaz como esperado
A McLaren elegeu o pacote de atualizações levado para Austin, nos Estados Unidos, como “o pacote mais difícil” da temporada 2024. Na visão do diretor-técnico do setor de engenharia, Neil Houldey, o desempenho do MCL38 não foi dos melhores no Circuito das Américas, mas ele explicou que a equipe ainda foi cuidadosa para conseguir algum tempo de volta.
A história do campeonato vencido pelos papaias depois de 26 anos começou a mudar do GP de Miami em diante, quanto o time introduziu no MCL38 um robusto pacote de atualizações que contava com o assoalho como a peça principal. Dali em diante, conforme Houldey explicou à versão italiana do Motorsport, não houve preocupações quanto ao desempenho.
Houve, contudo, outro grande pacote de novidades levado para a reta final da temporada, que contaria com duas rodadas triplas até Abu Dhabi. No GP dos Estados Unidos, que abriu a perna no continente americano, a McLaren levou uma frente atualizada, com foco na asa e na suspensão, além de mudanças específicas na asa traseira para COTA.
O time de Woking, porém, viu Max Verstappen vencer a sprint e a Ferrari surpreender com dobradinha na corrida de domingo.

“O pacote mais difícil para nós foi o do final da temporada, em Austin, em que, na verdade, o desempenho não foi tão bom”, começou Houldey. “Mas fomos muito diligentes para garantir que, em cada reta, em cada parte da curva, ele fosse ainda melhor”, salientou.
“Ainda estávamos confiantes de que ele nos daria algum tempo de volta. E acho que isso se deve, em parte, ao fato de termos boas ferramentas, que apresentam resultados muito semelhantes no CFD (dinâmica de fluído computacional, da sigla em inglês) e no túnel de vento”, acrescentou.
Outro ponto determinante para o sucesso, segundo o engenheiro, foi a paciência da McLaren em não antecipar atualizações. “Não é questão de se ter um prazo para cada corrida. Há uma pressão interna para criar desempenho, claro, mas não um prazo real. Isso significa que as pessoas podem desenvolvê-lo sem a preocupação de que o que será colocado no carro talvez não seja o esperado.”
“Não fizemos concessões em nenhuma área do desempenho do assoalho quando o montamos”, continuou. “Se algo for feito potencialmente cedo demais — porque é isso que tem de ser feito para colocar algo no carro —, pode não se obter os resultados esperados. Felizmente para nós, de Miami em diante, continuamos obtendo resultados. A equipe não entrou em pânico ao pensar que tínhamos de fazer uma atualização”, seguiu.
“Era como se disséssemos: ‘Faremos a atualização quando estivermos prontos para fazê-la’, e estávamos confiantes de que ela funcionaria na pista. Porque se fizer isso antes e estiver em uma situação em que coloca, tira, coloca e tira, perde-se muito mais do que se mantivesse as peças antigas no carro desde o início”, concluiu.
A Fórmula 1 está de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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