McLaren prega cautela com bom ritmo em testes no Bahrein: “Condições muito únicas”

Campeã do Mundial de Construtores no ano passado, a McLaren começou a pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein dando indícios de que pode ser a força a ser batida em 2025. O chefe Andrea Stella, no entanto, embora concorde que os sinais são positivos, não quer tirar conclusões precipitadas. Afinal, o time ainda precisa analisar todos os dados coletados com muito cuidado, uma vez que o circuito de Sakhir se encontra em condições muito específicas

A Fórmula 1 encontrou um cenário diferente no Bahrein durante a pré-temporada. Por ficar localizado no deserto, a categoria costuma enfrentar dias de calor intenso quando visita o circuito em Sakhir. Nesta semana, no entanto, a temperatura estava amena, com os termômetros marcando 18°C, com sensação térmica de 17ºC. A condição foi tão específica durante os testes, que os pilotos ainda enfrentaram chuva durante a última quinta-feira (27).

A McLaren enfrentou alguns problemas nas últimas duas vezes que a F1 esteve no Bahrein, mas o cenário não se repetiu em 2025. Tanto que Lando Norris liderou o primeiro dia de testes e, embora a dupla não tenha conseguido uma posição de destaque na quinta-feira, o MCL39 se mostrou muito forte no que diz respeito ao ritmo de corrida. E embora reconheça que de fato o carro pode ser bom, o chefe Stella pregou cautela.

“Estamos testando stints longos em condições que são muito únicas. Tanto o asfalto quanto a temperatura ambiente estão bem frios. No geral, é um bom sinal, obviamente, quando você faz stints longos e simulações de corrida, mas toda informação que recebemos precisa ser analisada com cuidado. Quando formos para as primeiras corridas da temporada, o tipo de estresse nos pneus e a interação entre o carro e a borracha será completamente diferente”, disse o chefe da McLaren.

Stella ainda lembrou que a McLaren teve dificuldades no começo das duas últimas temporadas da F1 e disse que a força mostrada em 2025 pode ser por causa das condições muito únicas do Bahrein.

“As indicações aqui no Bahrein parecem dizer que o carro interage bem com os pneus, mas em um regime muito específico, e eu diria especial, como temos aqui nesta semana. Este ano, o carro parece ter se adaptado às exigências do Bahrein um pouco melhor do que nos anos anteriores, mas as condições são tão únicas que podem estar mascarando alguns dos problemas que tivemos no passado”, seguiu o chefe da McLaren.

“Certamente eles estão tornando, por exemplo, requisitos de tração, estabilidade, muito mais fáceis porque os tempos de volta são incrivelmente rápidos e acho que estamos vendo o lado bom do que as condições operacionais podem ser para um carro de F1. Quando chegarmos aqui para a corrida, será mais difícil”, finalizou Stella.

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