McLaren vai até sede da Honda para reunião de emergência e tentar resolver crise de desempenho e financeira
O primeiro ano do retorno da parceria entre McLaren e Honda vem gerando muita dor de cabeça em ambas as partes. Para tentar solucionar a crise de desempenho e financeira, membros da alta cúpula dos dois lados se reuniram em Sakura, na sede da montadora japonesa
Já está claro que a volta da Honda à F1 não tem sinal algum do período em que foi coligada à McLaren e teve anos dourados com Ayrton Senna e Alain Prost. Por vezes, a equipe só andou à frente da Manor Marussia, que tem um carro defasado em um ano. Ron Dennis começou a se irritar com o fraco desempenho da unidade de força da marca, que já extrapolou todos os limites das peças determinados por regulamento, o que significa que qualquer troca resulte em punição.
Não à toa, punições nos dois carros que somavam mais de 100 posições no grid se tornaram assunto nas reuniões da F1 para que a regra fosse menos ridícula.
Com o passar do tempo, as penalizações continuaram e o carro não evoluía. Aí a paciência de Dennis foi para a lua. Diz-se que o antigo dirigente pediu a cabeça de Yasuhisa Arai, responsável pela área de automobilismo da Honda, bem diferente da filosofia da McLaren.
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Pelo segundo ano seguido, a grandiosa McLaren corre sem um patrocinador principal e já sabe que dois de seus apoiadores vão picar a mula no fim do ano: a alcoólica Johnnie Walker e o bancário Santander. Não ter uma grana entrando é péssimo para a reputação de uma equipe que precisa de R$ 1,26 bilhões — em conversão atual — para operar a temporada.
A McLaren crê que a Honda é que tenha de desembolsar parte da quantia, enquanto se prepara para caçar uma empresa máster em seus carros grafites. Assim, a reunião é de suma importância para que as partes sejam alinhadas.
A moeda de troca parece clara: ou a Honda desata a dar milhões e milhões ou a McLaren segue as críticas. O problema para ambas? É que uma só tem a outra neste momento, e nada mais.
Nesta quinta-feira, as atenções vão se concentrar na equipe de Woking não no box, mas na sala de coletiva da FIA, onde Button estará presente. Espera-se que o inglês faça um anúncio de seu futuro, muito provavelmente indicando sua saída da F1 após 16 longas temporadas. Pelo paddock, Alonso já não tem escondido seu descontentamento com a parca performance.
Imaginem, então, a situação: a busca por um patrocinador, Button anuncia saída e Alonso resolve largar tudo. Quem é que vai querer apostar na escuderia num futuro próximo? McLaren e Honda beiram o caos.
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