Médico vê cena estranha e diz que viseira de Grosjean derreteu: “Nada entrou no capacete”
Médico da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Ian Roberts chegou rapidamente ao local do acidente de Romain Grosjean e viu uma "cena estranha", com o carro da Haas partido ao meio e muito fogo. Roberts falou ainda que a viseira do capacete de Grosjean derreteu, mas que o piloto saiu sem ferimentos graves
O GP do Bahrein deste domingo (29) ficou marcado por um apavorante acidente logo após a largada. Tentando se recuperar na corrida, depois de partir do 19º posto, Romain Grosjean tocou na AlphaTauri de Daniil Kvyat e acertou em cheio uma barreira de proteção, após sair da pista. O impacto causou uma explosão. O fogo tomou conta do carro da Haas, que se dividiu em dois, sendo que a parte dianteira atravessou o guard-rail. Apesar da violência da batida e do incêndio, o francês teve forças para deixar o cockpit por conta própria, apenas com ferimentos leves.
Tão logo o acidente aconteceu, a equipe de resgate da Fórmula 1 já estava no local e foi o médico da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Ian Roberts, quem primeiro auxiliou Romain, que já pulava o guard-rail para se livrar das chamas. Roberts falou sobre a retirada do piloto e como se deparou com o que definiu como uma “cena estranha”.
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“Estávamos seguindo o pelotão normalmente na primeira volta, quando vi uma chama enorme. E quando chegamos perto, era uma cena estranha”, contou o inglês. “Tínhamos metade do carro apontado para a direção contrária e a outra metade dentro da barreira de pneus, além de um calor intenso”, completou.
“Apenas olhei ao redor e eu Romain tentando sair. Precisávamos de alguma forma chegar até ele. Um fiscal já estava com o extintor de incêndio e foi suficiente para afastar o fogo para que Romain pudesse sair”, acrescentou.
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O médico da FIA revelou que a viseira do capacete de Grosjean derreteu por conta do calor. E que o piloto se queixou de dores no pé e nas mãos. “O visor estava derretido e eu precisa tirá-lo para verificar se ele estava bem. Romain sentia dores no pé e nas mãos. Eu o pus no carro para colocar um pouco de gel em seus braços, para depois ir para a ambulância.”
“Nada entrou no capacete. Do ponto de vista clínico e do risco de vida, estava bem”, acrescentou.
Grosjean ficou 27 segundos debaixo do fogo até conseguir deixar o carro. O impacto do acidente foi de 53G. Como não se via há tempos na F1, o carro explodiu de imediato. Cena tão assustadora que fez a direção de prova acionar bandeira vermelha segundos depois.
A Haas confirmou que seu piloto tem queimaduras nas mãos e nos tornozelos, mas nada mais grave. A imagem de Grosjean pulando o guard-rail sem sapatilha num dos pés é impressionante, assim como o chassi partido em dois. Não há dúvida quanto a um ponto: o piloto foi salvo pelo halo. Romain segue internado.
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