Mercedes admite problemas em “curvas de baixa” e espera “corrigi-los no W16”

Diretor de engenharia de pista, Andrew Shovlin falou sobre o desempenho do W15 após as últimas atualizações e explicou quais são os principais problemas enfrentados pela Mercedes

Andrew Shovlin explicou em mais detalhes qual é o principal calcanhar de Aquiles da Mercedes na temporada 2024 e disse que as Flechas de Prata pretendem utilizar as últimas corridas do ano para analisar melhor o desempenho do carro. No entanto, o diretor de engenharia de pista deixou claro que a meta não é acabar com os problemas do W15 no curto prazo, mas, sim, encontrar soluções pensando no W16 de 2025.

Embora George Russell tenha conquistado um bom quarto lugar em meio às condições adversas de clima no GP de São Paulo, realizado no domingo (3), a corrida sprint de sábado, que aconteceu em pista seca, mostrou claramente que a escuderia comandada por Toto Wolff estava muito atrás de McLaren, Red Bull e Ferrari. Entretanto, Shovlin garantiu que o último pacote de atualizações do W15, introduzido no GP dos Estados Unidos, surtiu o efeito esperado, já que o objetivo do mesmo não era eliminar todos os problemas logo de cara.

“Pelo que medimos, registramos as cargas [aerodinâmicas] que esperávamos na faixa de distância do solo que queríamos”, começou. “O problema que enfrentamos com essas atualizações é o mesmo que criou dificuldades para nós com o pacote anterior. Tendemos a ser fracos nas curvas de baixa velocidade, especialmente quando estão em sequência. Esse é um ponto fraco em que precisamos trabalhar”, continuou.

As fraquezas do bólido prateado atrapalham o time de Brackley desde o início do ano, mas ficaram ainda mais evidentes na parte final do calendário. Após as férias de verão, a Fórmula 1 visitou muitas pistas que possuem um ou mais setores de baixa velocidade, como Azerbaijão, Singapura, México e Brasil, por exemplo. Mas nem tudo são más notícias, de acordo com Andrew.

Andrew Shovlin falou sobre as principais fraquezas do W15 (Foto: Mercedes)

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“Não esperávamos que este pacote de atualização melhorasse isso. A expectativa era simplesmente melhorar o desempenho básico do carro e, pelo que vimos, estamos confiantes de que isso será feito”, apontou. “A principal coisa que aprendemos é que as curvas onde temos problemas são sempre as mesmas: as lentas e em sequência”, acrescentou.

“Temos certeza de que há alguns fundamentos com os quais precisamos nos familiarizar ​​neste carro, para que possamos corrigi-los no W16. Estamos muito ocupados com isso neste momento e esperamos fazer as mudanças certas durante o inverno [período de intertemporada] para não sofrermos mais com essas fraquezas no próximo ano”, destacou o engenheiro, que ainda admitiu que a Mercedes vai aproveitar as próximas etapas para estudar ainda mais o comportamento do carro.

“Vamos utilizar todas as pistas restantes para avaliar o nosso desempenho, confirmar a nossa compreensão deste carro e ver se as mudanças que pretendemos fazer no próximo ano irão melhorar essas áreas. Las Vegas tem muitas retas e curvas de baixa velocidade, enquanto o Catar é uma pista mais rápida. Em Abu Dhabi há de tudo um pouco, o que nos oferece uma boa leitura de como estamos e quem é a referência”, encerrou.

Fórmula 1 agora volta às pistas para o GP de Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 21 e 24 de novembro. Depois, realiza corridas no Catar, última sprint do ano, e Abu Dhabi.

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