Mercedes assombra de novo, mas Ferrari surpreende e ensaia ameaça. Nasr vive melhor estreia de brasileiro na F1

O GRANDE PRÊMIO abre a semana com a retrospectiva da temporada 2015 da F1 e, nesta segunda-feira (21), relembra todos os acontecimentos importantes da primeira metade do campeonato, que novamente viu a Mercedes dominar. A Ferrari foi a grande surpresa pelas mãos de Sebastian Vettel. No mais, Felipe Nasr foi o responsável pela melhor estreia de um brasileiro no Mundial, enquanto o xará Felipe Massa conseguiu finalmente ter seu melhor desempenho em anos na parte inicial da temporada

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A F1 viveu um início de 2015 dos mais curiosos dos últimos tempos. É bem verdade que a pré-temporada, toda realizada na Espanha, entre as pistas de Jerez de la Frontera e Barcelona, deixou claro um novo domínio da Mercedes, mas também serviu como uma espécie de sinal do que viria pela frente, e isso começou com o fracasso do projeto entre a McLaren e a Honda. 
 
A tão esperada reedição da parceria não passou de um fiasco e causou surpresa — e não no bom sentido. Isso por conta de um estranho acidente sofrido por Fernando Alonso na segunda bateria de atividades em Montmeló — até hoje muito mal explicado. A batida foi tão esquisita que acabou deixando o espanhol de fora da abertura do campeonato.
 
De fato, quando o F1 desembarcou em Melbourne, em meados de março, todos já sabiam que a McLaren, agora empurrada pelo pouco confiável motor da Honda não alcançaria grande êxito. A fabricante, que decidiu voltar ao Mundial um ano após a introdução das unidades híbridas V6, se bateu muito e, nenhum momento, conseguiu fazer frente às rivais. Sem Alonso, a equipe inglesa chamou Kevin Magnussen para substituí-lo. O jovem também não pode fazer muito — sequer largou. 
A McLaren de Alonso após acidente em Barcelona (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
Esse não foi o único drama daquele fim de semana inaugural da F1 em 2015. Muito antes dos carros andarem pelo Alberto Park, Felipe Nasr e Marcus Ericsson quase ficaram de fora da etapa australiana. Giedo van der Garde, que havia assinado contrato com a Sauber para correr neste ano, foi descartado pela equipe suíça. Mas ele não se deu por vencido. 
 
O holandês recorreu à Justiça na Austrália pelo direito de correr. E quase conseguiu. Chegou a até andar pelo paddock com o macacão da equipe. Mas foi só. Entre audiências e investigações, um gordo acordo financeiro acabou por colocar fim ao imbróglio e confirmar a dupla da Sauber na primeira prova do ano.
 
Quando tudo se normalizou, a F1 finalmente pode dar início à sua 66ª temporada da história. Apesar do começo dramático para McLaren e Sauber, o grid também teve novidades positivas, como Max Verstappen, o mais jovem piloto a estrear no Mundial. O menino da Toro Rosso tinha apenas 17 anos quando alinhou no circuito australiano. Aliás, vale dizer que a equipe de Faenza colocou no grid a dupla mais jovem da história também. Carlos Sainz tinha só 20 anos. E a decisão se mostraria das mais acertadas. 
 
Outro fato a destacar foi a volta da Marussia, usando agora o ‘nome de solteira’ Manor — graças ao investidor britânico Stephen Fitzpatrick, a equipe conseguiu pagar suas dívidas e retornou ao campeonato, ainda que, na prática, não tenha tido como correr em Melbourne. 
 
Os carros ainda precisavam de ajustes, já que o time recebeu em cima da hora a autorização da FIA para disputar o campeonato com o modelo 2014, apenas adaptado às regras de 2015. O inglês Will Stevens e espanhol Roberto Merhi foram os escolhidos para dar início à nova fase da pequena esquadra inglesa. 
Max Verstappen: o mais jovem estreante da história da F1 (Foto: Getty Images)
A Caterham não teve a mesma sorte e fechou as portas de fato, entretanto. Assim, a F1 iniciou a disputa com 20 carros, apesar do desfalque inicial dos carros de John Booth. 
 
Poucas foram também as mudanças em termos de regulamento. Entre as principais modificações, é válido destacar que a FIA impôs novas dimensões do bico dos carros para melhorar a segurança e a aparência estética das peças, acabando com aquele aspecto fálico. Outra mudança foi no assoalho, que passou a produzir faíscas, quando um parafuso de titânio toca no chão. Tudo para melhorar o espetáculo. Mas o que mais preocupou equipes e fabricantes foi mesmo o desenvolvimento dos motores.
 
Depois de muita pressão de Renault e Ferrari — além de uma brecha no regulamento técnico — a FIA precisou autorizar pequenas evoluções, usando um sistema de fichas de desenvolvimento para as unidades. A iniciativa foi aprovada e bem aproveitada pelas fabricantes ao longo da temporada, diga-se. 
 
Aliás, os motores foram os grandes protagonistas não só neste início de campeonato, mas durante todo o ano. Para o bem e para o mal. A Mercedes, por exemplo, conseguiu sanar suas pequenas falhas de confiabilidade e se tornou ainda mais forte. A Ferrari deu um enorme salto de qualidade, colocou mais potência e aprimorou seu projeto. O esforço a fez se aproximar muito do desempenho dos alemães. 
 
Por outro lado, a Renault penou com a baixíssima confiabilidade. Mesmo com a permissão para desenvolver alguns setores específicos do motor, a verdade é que a marca francesa evolui muito pouco. E suas clientes — neste ano, apenas a Red Bull e a Toro Rosso — sofreram, embora tenham apresentado carros razoavelmente competitivos, especialmente a segunda. Levando em conta as duas equipes, no entanto, foram sete abandonos em dez provas. Os dois times também extrapolaram o limite de quatro unidades por temporada.
 
O fracasso, logicamente, não passou incólume. A Red Bull chiou muito, jogou a culpa pelo fraco desempenho na parceira gaulesa. As duas empresas chegaram a trocar farpas publicamente e acabaram por romper os laços no segundo semestre, quando a marca dos energéticos passou a correr atrás demais fabricantes, o que se converteu em uma novela que durou até depois do fim da temporada.
 
A Honda, como se sabe, viveu um drama o ano inteiro. O motor não tinha potência e nem confiabilidade. A unidade deixou Alonso e Jenson Button na mão inúmeras vezes. O número limite de motores também foi extrapolado, e gerou críticas públicas do bicampeão, inclusive durante as corridas. 
 
Ainda falando dos motores, as punições pelas trocas das unidades também geraram discussões. A cada mudança em uma das seis partes que compõem o motor, o piloto tinha de cumprir perda de posições no grid. E essas perdas eram tão quilométricas, que expuseram também o absurdo do regulamento e questionaram a alta complexidade das unidades. 
A Mercedes iniciou 2015 ainda mais forte (Foto: Getty Images)
Alheia a tudo isso, a Mercedes se colocou em 2015 novamente como a equipe a ser batida. Poderosa e dona do melhor conjunto, a equipe prateada conseguiu também deixar Lewis Hamilton e Nico Rosberg em posição privilegiada. 
 
Mas o campeonato testemunhou também uma grata surpresa: a Ferrari, agora reestruturada — da cúpula ao piloto — veio forte, construiu um bom carro, resistente ao calor e gentil com os pneus. Nas mãos de Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen, a esquadra cresceu e passou a ensaiar uma ameaça aos alemães. 
 
Por outro lado, a Williams caiu um degrau e teve de trabalhar para manter o terceiro posto do Mundial. Mais que isso, teve de aprender a lidar com velhos fantasmas: os erros de estratégia e o extremo conservadorismo. A seu favor, o time de Grove contou um desempenho mais competitivo de Felipe Massa nesta primeira metade 2015 — foi a melhor apresentação do piloto brasileiro desde 2010. Já Valtteri Bottas exibiu o mesmo espírito combativo de sempre. 
 
A Red Bull e a Toro Rosso, apesar do bom carro de ambos, se viram presas aos problemas da Renault. Já Force India precisou minimizar os prejuízos pela decisão de iniciar o campeonato com um carro híbrido. A Lotus capengou e viu dos bons resultados de Romain Grosjean. 
 
E foi em meio a esse cenário confuso que a F1 viveu sua primeira metade de temporada, que o GRANDE PRÊMIO relembra a partir de agora.
 
Um GP esvaziado e a melhor estreia de um brasileiro
 
Depois da semana nos tribunais e ainda às voltas com a ausência de Fernando Alonso, a F1 deu o pontapé inicial de 2015 no Albert Park no dia 15 de março. Atual campeão, Lewis Hamilton exibiu a velocidade de sempre para cravar a pole em um grid reduzido. Os carros da Manor não tomaram parte da etapa australiana. Felipe Massa ainda obteve o terceiro posto, enquanto Felipe Nasr ficou com a décima posição. 
 
Logo depois da classificação, Valtteri Bottas sentiu fortes dores nas costas, o que o levou ao hospital. Mesmo com alta, o finlandês acabaria fora da prova australiana. Assim, a corrida ainda teve início com apenas 15 carros.
 
A corrida, entretanto, acompanhou alguns dramas, como o de Magnussen, que sequer pode largar devido a problemas no MP4-30 da McLaren. Daniil Kvyat também foi acometido por falhas da Renault e não foi ao grid. 
Lewis Hamilton estoura o champanhe da vitória em Melbourne (Foto: Getty Images)
Hamilton não tomou conhecimento de nada disso e não deu chances a ninguém e comandou a primeira dobradinha da Mercedes, abrindo caminho na disputa do tri. Mais atrás, Sebastian Vettel conseguiu vencer o duelo contra Felipe Massa e tomou a terceira posição do brasileiro na tática de boxes da Ferrari. 
 
Outro a brilhar em Melbourne foi Felipe Nasr. Apesar da errática Sauber, o brasiliense soube administrar bem a primeira corrida no Mundial e ganhou a batalha com Daniel Ricciardo fim, para se tornar o melhor brasileiro a estrear na F1, com um honroso quinto lugar. 
 
O mundo é vermelho
 
Depois da tensão da estreia, a F1 viajou até a quente e úmida Malásia. E coube a Sepang testemunhar o ressurgimento da Ferrari. A SF15-T se mostrou um carro consistente no calor, forte e que trata bem os pneus. Aliado a isso, apareceu o enorme talento de Vettel para usar a vantagem em seu favor e aproveitar a chance de pegar a Mercedes. 
 
Apesar da forte chuva que atingiu a classificação, Lewis Hamilton conseguiu novamente cravar a pole-position, mas viu Seb se intrometer em segundo, à frente de Nico Rosberg. Ali estava o primeiro sinal de que os italianos incomodariam no domingo. 
 
Dito e feito. A equipe vermelha sacou bem as mudanças da corrida. Logo depois da largada, que viu toques entre Valtteri Bottas, agora de novo ao cockpit da Williams, e Pastor Maldonado, além de Kimi Räikkönen e Felipe Nasr, Marcus Ericsson rodou e provocou a entrada do safety-car. E a decisão de deixar Vettel na pista acabou por ser decisiva. A Mercedes chamou seus dois pilotos para a troca precoce e não conseguiu mais fazer frente ao tetracampeão.
Sebastian Vettel comemora primeira vitória na Ferrari (Foto: Getty Images)
Vettel venceu com categoria. Foi seu primeiro triunfo com o carro de Maranello e o primeiro desde 2013. Os prateados apenas completaram o pódio. Só que aí a luz amarela surgiu nas garagens alemãs. 
 
A prova em Sepang também marcou a volta de Fernando Alonso à McLaren — que sofreu e sequer avançou ao Q2 —, além da primeira participação da Manor Marussia em 2015. O novato Max Verstappen também fez seus primeiros pontos no Mundial. 
 
F1 volta à normalidade
 
A terceira etapa do campeonato foi novamente na China e, lá, a hierarquia da F1 foi retomada. A Mercedes dominou o fim de semana. Lewis Hamilton liderou todos os treinos livres, saiu na pole e faturou a prova. Vale o destaque: a única vez em que o nome do inglês não apareceu na ponta da tabela foi na primeira fase do Q1 da classificação, que acabou sendo liderado pela Ferrari de Vettel. De resto, o atual campeão comandou tudo, inclusive, a corrida. Rosberg completou a dobradinha, seguido por Vettel.
 
Só que o fim de semana em Xangai não foi tão tranquilo como a prova fez parecer. Na verdade, marcou a primeira polêmica envolvendo os dois pilotos da Mercedes. Rosberg acusou Hamilton de reduzir propositalmente o ritmo em determinado momento. A atitude, segundo o alemão, o fez desgastar mais rapidamente os pneus, devido a aproximação da Ferrari de Vettel, e o deixou fora de uma eventual briga pela vitória. 
 
Hamilton deu de ombros, assim como a própria Mercedes. Rosberg, entretanto, bradou contra o rival. 
Lewis Hamilton e Nico Rosberg formaram a dobradinha da Mercedes em Xangai (Foto: AP)
Comprovando a posição de terceira força do Mundial, a Williams se colocou em quinto e sexto, com Felipe Massa à frente de Valtteri Bottas. Felipe Nasr ainda foi o oitavo. Já a Renault viveu um novo drama, com o estouro do motor de Max Verstappen em plena reta dos boxes, a quatro voltas do fim.
 
Sete dias mais tarde, o Mundial desembarcou no Bahrein, buscando uma reedição da grande batalha travada por Rosberg e Hamilton em 2014. O duelo não se repetiu. Mas isso não quer dizer que a corrida tenha sido ruim. Muito pelo contrário.
 
A etapa barenita viu Hamilton vencer, mas a Ferrari conseguiu colocar Kimi Räikkönen entre os prateados no pódio, mais uma vez contando uma boa decisão estratégica. O finlandês se encontrou com chances de superar Rosberg na parte final da corrida e não desperdiçou, com uma ultrapassagem na última volta da corrida. Ainda na parte final, Bottas e Vettel também travaram uma bela disputa pelo quarto posto, mas aí o piloto da Williams levou a melhor. 
 
Ainda que valesse apenas um lugar no pelotão intermediário, os dois brasileiros do grid também se enfrentaram. Felipe Massa — que precisou fazer uma prova de recuperação depois de sair do pit-lane devido a um problema no grid — e Felipe Nasr andaram próximos durante boa parte da corrida e chegaram a lutar por posições em algumas oportunidades.
Massa frita pneus em sua recuperação na corrida (Foto: AP)
Dois destaques negativos também marcaram a corrida árabe: o primeiro foi a McLaren. Jenson Button sequer largou. O MP4-30 #22 apresentou problemas nos dois treinos livres, na classificação e, embora os mecânicos e engenheiros da equipe inglesa tenham se empenhado, não teve jeito: Button não conseguiu largar, mas ficou comentando a prova pelas redes sociais. 
 
Pelos lados da Renault, a coisa também não foi nada bem. Daniel Ricciardo andou quase que todo o tempo em sexto lugar, posição em que cruzou a linha de chegada. Logo depois, seu RB11 foi focalizado com destaque, porque o motor quebrou novamente, explodindo diante das câmeras.
 
De volta à Europa. E a reação de Rosberg
 
Depois das primeiras quatro corridas de 2015, a F1 viveu uma pausa de três semanas até o GP da Espanha. E a tabela de classificação dizia o seguinte: Hamilton seguia líder, com 93 pontos, 27 a mais que Rosberg, que já havia superado Vettel, por um ponto. Räikkönen era o quarto, com Massa à frente de Bottas, em quinto. Nasr vinha em oitavo. A McLaren e a Manor Marussia eram as únicas ainda sem pontos.
 
A corrida em Barcelona mostrou um Rosberg mais combativo, talvez a embate no Bahrein e os problemas na China tenham servido de motivação a mais para o alemão. O certo é que o filho de Keke encontrou uma chance de ouro para bater o adversário inglês e não a desperdiçou. 
 
Quebrando a sequência de poles de Lewis, Nico tomou para si a posição de honra do grid e a fez valer na corrida. Liderou de ponta a ponta. Foi um triunfo importante e que o fez reduzir a diferença para 20 pontos. A terceira posição ficou de novo com Vettel, mais uma vez.
O pódio em Barcelona teve: Nico Rosberg, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel (Foto: Beto Issa)
Duas semanas depois, foi a vez do charmoso GP de Mônaco. E lá a Mercedes quase colocou tudo a perder por conta de uma confusa decisão estratégica no fim da corrida. 
 
Na verdade, a etapa monegasca caminhava para mais uma dobradinha da equipe alemã, com Lewis Hamilton à frente. O britânico partira da pole e vinha controlando a corrida, buscando seu segundo triunfo no Principado. Mas aí a direção de prova precisou acionar o safety-car por conta de um acidente entre Max Verstappen com Romain Grosjean.
 
Durante o período de bandeira amarela, Lewis mostrou preocupação com o desgaste dos pneus e, acreditando que Rosberg e Vettel, que vinham atrás, haviam parado nos boxes, também pediu para fazer um pit extra. A equipe, então, se confundiu, errou nos cálculos e permitiu a parada do britânico. Só que os rivais permaneceram na pista.
 
O incidente causou um grande problema nos boxes alemães. Hamilton não gostou nada, nada. Terminou uma prova que parecia garantida em terceiro e ainda viu Nico vencer. 
Nico Rosberg venceu GP de Mônaco (Foto: AP)
Espantando os fantasmas 
 
Após Monte Carlo, a F1 atravessou o Atlântico e foi correr em Montreal. E lá, Hamilton espantou todos os seus fantasmas e venceu com categoria, largando da pole. Rosberg chegou em segundo, sem grandes dramas. 
 
O pódio foi completado por Valtteri Bottas, que se beneficiou de um erro de Räikkönen na parte final da corrida. O resultado foi importante para a Williams, porque serviu com uma reação na temporada. Veio na hora certa, ainda mais depois que a equipe passou em branco na etapa de Mônaco.
 
Novamente na Europa, a etapa seguinte foi na Áustria. Hamilton saiu da pole de novo, mas não soube aproveitá-la e foi superado por Rosberg ainda na primeira curva. A ultrapassagem do alemão se mostrou decisiva para o resultado final da corrida — foi a terceira vitória do alemão na temporada. Lewis ainda teve de lidar com uma punição por ter tocada a linha branca de saída dos boxes. Massa foi terceiro, novamente aproveitando um deslize ferrarista — erro no pit-stop de Vettel.
Lewis Hamilton joga champanhe em Valtteri Bottas no pódio em Montreal (Foto: AP)
A Williams fica no quase
 
Na Inglaterra, a Mercedes se mostrou imbatível na classificação e, de novo, colocou seus dois carros na primeira fila, com Hamilton sempre à frente de Rosberg. Logo atrás, pela primeira vez na temporada, as Williams conseguiram bater as Ferrari no grid. Felipe Massa e Valtteri Bottas saíram de terceiro e quatro, respectivamente, contra a terceira fila de Räikkönen e Vettel.
 
Mas o melhor ainda estava por vir. Quando a largada foi autorizada em Silverstone, Massa pulou à frente, enquanto os carros prateados protagonizavam um início muito ruim. Bottas seguiu o brasileiro na sequência. 
A liderança de Felipe Massa foi até o primeiro pit-stop neste domingo em Silverstone (Foto: AP)
A equipe inglesa permaneceu constante na ponta por 20 voltas, inclusive impedindo uma briga entre seus dois pilotos. A decisão se mostrou equivocada mais tarde, porque o finlandês vinha mais veloz. De qualquer forma, ambos perderam a liderança após primeira rodada de pits.
 
Só que aí veio a chuva, e isso tirou qualquer chance de Williams colocar seus dois pilotos no pódio. Quem aproveitou a oportunidade vinda dos céus foi a Ferrari, que conseguiu posicionar um apagado Vettel em terceiro. 
 
 

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Luto e homenagem
 
No intervalo entre as corridas da Inglaterra e da Hungria, a F1 foi devastada pela notícia da morte de Jules Bianchi. O jovem francês, que vinha lutando contra os graves ferimentos que teve no acidente no GP do Japão de 2014, não resistiu e se foi no dia 17 de julho. 
 
O funeral do piloto aconteceu na semana seguinte, em uma terça-feira, apenas dois dias antes dos primeiros treinos livres para a etapa em Hungaroring. Praticamente todo o grid da F1, dirigentes, chefes de equipes e autoridades do esporte a motor compareceram à triste cerimônia. A tocante homenagem dos colegas e amigos causou comoção no mundo do automobilismo e a imagem mais marcante foi a de pilotos como Lewis Hamilton, Felipe Massa, Pastor Maldonado, Sebastian Vettel, Jean-Éric Vergne, entre outros, chorando ao lado do caixão do francês.
Pilotos da F1 prestam última homenagem a Jules Bianchi (Foto: AP)
Foi nesse clima que a F1 chegou a Budapeste. Muitas homenagens foram feitas a Bianchi, além do minuto de silêncio antes da largada. E a prova húngara acabou também sendo um grande tributo à jovem promessa, porque foi uma das melhores do ano. 
 
A Mercedes foi pela segunda vez superada pela Ferrari. Aliás, nenhum dos dois pilotos prateados foi ao pódio. Apesar da primeira fila, Hamilton, o pole, e Rosberg não fizeram valer a vantagem e foram logo ultrapassados por Vettel, que se firmou na ponta até o fim da corrida. Foi a 41ª vitória de sua vitoriosa carreira, igualando Ayrton Senna. “Sabemos que cedo ou tarde seria parte deste time”, falou, pelo rádio, após cruzar a linha de chegada. Depois, Seb dedicou o triunfo a Bianchi. 
 
Hamilton enfrentou problemas desde o início. Depois de perder a ponta, tentou recuperar ao menos a posição de Rosberg, mas acabou espremido e fora da pista. Teve de remar tudo de novo, mas ainda conseguiu um louvável sexto posto. Pior mesmo foi Nico, que acabou perdendo a chance de brigar pela vitória após um embate com Daniel Ricciardo. O alemão foi só o sexto. 
 
O pódio foi completado pelos dois pilotos da Red Bull: Kvyat e Ricciardo. A Williams novamente sofreu em um circuito de baixa velocidade. Massa foi apenas o 12º. Já Nasr terminou em uma posição à frente do compatriota. Fernando Alonso, por sua vez, completou a prova em quinto lugar, melhor performance da McLaren em um sofrido ano de 2015.
 
E a F1 saiu para as férias com Hamilton na liderança, com 202 pontos, contra 181 de Rosberg. Vettel aparecia em terceiro, com 160.
 
Nesta terça-feira, o GRANDE PRÊMIO relembra a segunda metade da temporada 2015.

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