Mercedes cita Verstappen e diz que saída de Hamilton evitou repetir erro com Antonelli
Toto Wolff ainda admitiu que desconfia da possibilidade de Lewis Hamilton ter se sentido ameaçado pela promoção de Andrea Kimi Antonelli diretamente para a Fórmula 2. Desta forma, o chefe da Mercedes disse que já esperava uma possível saída do heptacampeão
Toto Wolff voltou a lamentar a saída “inesperada” de Lewis Hamilton da Mercedes — anunciada no início de 2024 —, mas disse que a mudança do heptacampeão para a Ferrari deu a ele a oportunidade de não cometer o mesmo erro que cometeu com Max Verstappen em 2014. Isso porque, de acordo com o chefe das Flechas de Prata, seria inaceitável perder Andrea Kimi Antonelli para qualquer uma das rivais na Fórmula 1.
Após passar os últimos 12 anos com o time de Brackley e conquistar seis títulos do Mundial de Pilotos, o britânico decidiu ir em busca de novas aventuras e aceitou ingressar no projeto apresentado por Frédéric Vasseur, líder da escuderia de Maranello. Aos 40 anos de idade, o #44 ainda sonha em ter um carro competitivo para, quem sabe, levantar o oitavo trófeu da carreira — o que seria um recorde absoluto na categoria principal do automobilismo.
Embora tenha admitido que será “estranho” ver Hamilton vestindo as cores da Ferrari, Wolff explicou como a saída do inglês pode ter sido benéfica para a Mercedes. Em 2014, apesar de ter se reunido por diversas vezes com Jos Verstappen, o dirigente acabou perdendo a oportunidade de contratar o ainda muito jovem Max, que acabou sendo atraído pela Red Bull, onde venceu quatro títulos mundiais até aqui. O mesmo erro não vai acontecer com Antonelli, de acordo com Toto.
“Foi uma surpresa para nós, e ainda parece estranho que ele vá usar o macacão da Ferrari e pilotar o carro vermelho”, disse em entrevista ao podcast Armchair Expert. “É um pouco surreal. Mas tínhamos esse garoto de 17 anos sendo desenvolvido. Não queria perder a oportunidade, como fiz com o Max na época, quando não tínhamos um carro [para oferecer]. Então tudo está se encaixando”, continuou.
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Ao falar especificamente sobre a saída de Lewis, Wolff deixou claro que não questiona a decisão, já que a escuderia da estrela de três pontas não tem sido competitiva nos últimos anos. Além disso, admitiu que uma proposta da Ferrari é sempre tentadora para qualquer piloto do grid.
“Eu meio que entendo a decisão dele, porque não tivemos sucesso. Nosso carro não era rápido o suficiente, certamente ele tinha uma oferta incrível na mesa, e todo piloto de Fórmula 1 quer pilotar uma Ferrari”, apontou. No entanto, ao ser questionado, garantiu que ficou aliviado com o fato de a decisão de colocar um ponto final na parceria ter partido de Hamilton.
“Com certeza, eu não poderia tomar a decisão de um ponto de vista pessoal — devemos muito a ele. E não queria tomar a decisão, como Mercedes, de deixar o maior campeão de todos os tempos ir embora”, apontou.
Por fim, o chefe da escuderia prateada ainda admitiu que desconfia que a presença de Antonelli nos bastidores pode ter influenciado na atitude do heptacampeão. Desta forma, o término do relacionamento parecia algo realmente inevitável.
“Talvez ele também sentisse isso, pois sabia que Antonelli estava sendo preparado. Era algo que eu quase tinha no fundo da minha mente, que isso aconteceria [a saída da equipe]”, concluiu.
Agora, a Fórmula 1 está oficialmente de férias. A próxima atividade é exatamente a sessão única de testes coletivos de pré-temporada, marcada para os dias 26, 27 e 28 de fevereiro, no Bahrein. A temporada 2025 começa com o GP da Austrália, nos dias 14-16 de março.
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