Mercedes cobra “recuperação” de Antonelli após batida: “Precisa lidar com a pressão”

Chefe da Mercedes, Toto Wolff disse que Andrea Kimi Antonelli precisa se recuperar após a decepção com a batida no TL1 do GP da Itália, mas garantiu que a Mercedes vê velocidade no italiano e ressaltou a pressão envolvida na estreia

A estreia de Andrea Kimi Antonelli em um fim de semana oficial da Fórmula 1, no TL1 realizado nesta sexta-feira (30) no GP da Itália, durou pouco mais de dez minutos. Com o #12 estampado na Mercedes normalmente usada por George Russell, o italiano atingiu com força a barreira de proteção após perder o controle na Parabolica e encerrou a participação logo no início. Chefe da equipe alemã, Toto Wolff consolou o jovem pelo rádio e citou a pressão envolvida ao defender Antonelli após o acidente.

“É a equipe que decide se contrata um piloto ou não e se vai à pista no TL1 ou não”, disse Wolff. “Estamos totalmente conscientes sobre essa decisão, conscientes do que pode acontecer, do que esperar e como gerenciar as expectativas. Claramente, com tudo se acumulando em Monza, é algo difícil de lidar. É essa a razão pela qual ele bateu? Talvez”, afirmou.

“Acho que as circunstâncias são complicadas. Você está sob uma lupa, porque tudo acontece em Monza, e já faz algum tempo que um italiano não pilota em uma grande equipe. Isso pode ser muita coisa para alguém com 18 anos. Ele certamente se sente terrível, mas é parte do desenvolvimento”, alertou.

Por outro lado, Wolff garantiu que a Mercedes vê performance em Antonelli, que está perto de ser anunciado como substituto de Lewis Hamilton a partir de 2025. O austríaco disse que o jovem piloto precisa se recuperar após a decepção do TL1, até porque o fim de semana ainda reserva a disputa de duas corridas na Fórmula 2 com a Prema.

Antonelli perdeu o controle e bateu no TL1 do GP da Itália (Vídeo: Sky Sports)

“O que vemos é que há performance, vimos isso novamente nas poucas voltas que ele deu. Mas o carro não conseguiu aguentar o que ele fez”, admitiu.

“Um piloto forte precisa se recuperar dessas coisas e lidar com a pressão. Porém, obviamente, esse fim de semana não é fácil para ele. Você ainda precisa correr na F2, tem todas essas bobeiras ao seu redor em Monza. É uma criança italiana que está recebendo apelo, sua primeira vez em um carro da Mercedes”, apontou.

Toto afirmou que Antonelli teria feito tempos competitivos sem o acidente, mas garantiu apoio ao italiano e admitiu que espera por novos momentos complicados no futuro — já adiantando novamente a participação do piloto no ano que vem. Segundo o chefe, é melhor pedir para Kimi andar mais devagar do que ensiná-lo a acelerar.

“É um fardo pesado, mas se ele quiser ser campeão um dia, precisa lidar com isso. E tenho certeza de que ele pode e vai. Foi uma infelicidade. Com 1h de pista, teríamos visto algumas boas performances. Mas é o que sempre dissemos: ele é um novato, é muito jovem, e estamos preparados para investir no seu futuro”, garantiu.

Carro de Russell foi parar na barreira após acidente de Antonelli (Foto: Reprodução/F1)

“Esses momentos vão acontecer. Vão continuar acontecendo no ano que vem, mas também teremos muitos pontos altos. Preferimos ter de desacelerá-lo do que torná-lo mais rápido. O que vimos em uma volta e meia foi incrível”, analisou.

Por fim, Wolff ressaltou as condições em Monza para contextualizar o acidente de Antonelli. Com reclamações de Hamilton e Russell sobre a temperatura dentro do carro, o austríaco destacou que o alto calor pode ter tido impacto importante na batida.

“O mais importante é que ele está bem, foi uma batida de 45G. A segunda prioridade era preparar o carro para George [Russell], para que a programação não sofresse muito. Ele se desculpou, e é isso que você precisa fazer quando o carro volta como um Lego se desmontando. Mas disse que sentiu muita confiança no carro”, comentou Wolff.

“Acho que ele estava incomodado. Com essas velocidades, todos sofreram com a temperatura, principalmente na traseira, perto da Ascari. Foi por isso que a traseira escorregou”, finalizou o chefe da Mercedes.

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