Mercedes concorda com F1 e defende redução de peso dos carros para 2026

Diretor-técnico da Mercedes, James Allison disse que a FIA deveria estabelecer um limite de peso dos carros para 2026, ano de estreia do novo regulamento de motores da categoria

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Na semana seguinte ao GP da Espanha, a FIA revelou que estuda reduzir o peso mínimo dos carros para 2026, quando terá início a nova regulamentação técnica com motores mais elétricos — logo, com baterias maiores. A intenção da entidade máxima do automobilismo é um dos assuntos em pauta dos engenheiros, entre eles James Allison, diretor-técnico da Mercedes, que concordou com a medida e espera que a F1 estabeleça um limite na pesagem dos carros que deverá ser seguida pelas equipes.

Assim como aconteceu em 2022 com a mudança radical na construção aerodinâmica dos carros, que causou o retorno ao efeito solo à F1, a temporada 2026 vai marcar uma nova era na categoria, agora no quesito de desenvolvimento de motores.

Os carros que estarão nas pistas daqui a três anos terão uma maior contribuição em energia elétrica e menos a combustão, o que, por consequência, pode gerar a construção de baterias maiores na composição mecânica dos carros.

Com componentes elétricos mais robustos, a tendência é que o peso mínimo dos carros, hoje em 798 kg, maior marca da história da F1, seja ainda mais elevado a partir de 2026. Portanto, a FIA busca se antecipar ao problema, mas ainda não revelou por quais caminhos deve seguir para atingir o objetivo.

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Atualmente, o peso mínimo dos carros de F1 é de 798 kg (Foto: AFP)

Diante do desafio que logo vai bater à porta da fábrica, o engenheiro da Mercedes sugeriu uma abordagem simples: que a FIA determine o peso mínimo dos carros. Logo, isso vai obrigar as equipes naturalmente a encontrar maneiras de torná-los mais leves. “Concordo fortemente com Stefano [Domenicali]. Ele não está sozinho ao pensar que o constante aumento de peso precisa ser interrompido e revertido, porque ano após ano os carros têm ficado mais pesados”, começa Allison, em entrevista à revista inglesa Autosport.

“Não é muito simples fazer o peso se mover para outra direção, mas é especialmente complicado criar regras técnicas que vão tornar o carro mais leve. A maneira de torná-lo mais leve, acredito, é reduzir o limite de peso e tornar isso nosso problema. Se os carros estiverem acima do limite, isso nos força a tomar algumas decisões bastante difíceis sobre o que colocamos ou não em nossos carros”, completou.

Allison reconhece que nem todos os engenheiros das demais equipes concordam com ele, ainda mais quando a possível redução imposta pela FIA pode deixar os carros mais instáveis e, portanto, mais inseguros em pista. Os requisitos de segurança são justamente a preocupação principal do diretor-técnico da Aston Martin, Dan Fallows.

“Acho que há coisas que podemos fazer nas regras para ajudar. Certamente, reduzir o limite de peso é uma forma de conseguir isso, mas temos de garantir que não vamos comprometer a segurança de forma alguma ao fazer isso”, afirmou Fallows, que prosseguiu.

Com baterias maiores nos carros em 2026, Red Bull acredita que seja muito difícil reduzir o peso mínimo (Foto: AFP)

“Talvez, poderíamos fazer algumas coisas arquitetônicas que ajudariam. Mas, certamente, será um desafio, e acho que não há dúvidas de que, com as regulamentações das unidades de potência sendo definidas como estão, isso torna o desafio ainda maior”, avaliou.

Uma das principais adversárias da Mercedes na F1, a Red Bull acredita que a nova regra de motores para 2026 vai deixar os carros ainda mais pesados, o que iria contra o desejo da FIA. Ao menos, é o que diz o diretor-técnico dos taurinos, Pierre Waché.

“Não estou certo de que teremos uma mudança significativa em termos de peso”, reconheceu. “Acredito que a unidade de potência que está definida será muito mais pesada do que a que temos atualmente. Acho que torná-la significativamente mais leve, como mencionado por Stefano, será muito, muito difícil”, admitiu.

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