FIA defende carros mais leves na Fórmula 1 na mudança de regulamento em 2026

Mohammed Ben Sulayem afirmou que FIA busca reduzir o peso dos carros da Fórmula 1 e pilotos como Lewis Hamilton e George Russell dizem não entender o motivo dos carros pesarem tanto

A próxima grande revolução no regulamento na Fórmula 1 está programada para a temporada de 2026, com novas diretrizes de motores já estabelecidas. No entanto, quando se trata dos chassis, ainda não há uma definição, mas existe um consenso entre todas as partes envolvidas no esporte, inclusive do presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Mohammed Ben Sulayem, de que os carros precisam ficar mais leves.

Atualmente, o peso mínimo dos carros de Fórmula 1 é de 798 kg, devido à introdução de sistemas híbridos, como armazenamento e recuperação de energia, bem como dispositivos de segurança, como o halo. Isso representa um aumento considerável em relação ao tamanho dos carros de 2008, o último ano antes da introdução do primeiro sistema híbrido, quando o peso mínimo era de 585 kg. O peso subiu para 605 kg em 2009, por causa do KERS, e tem aumentado constantemente desde então.

Ben Sulayem se diz um defensor da redução do peso dos carros de Fórmula 1 para o novo conjunto de regras. “Vejo algo que é muito claro: precisamos de um carro mais leve. Eu acredito que isso é melhor. Eu venho do automobilismo, onde carros mais leves são mais seguros e não consomem a mesma quantidade de combustível. Será difícil de alcançar, mas todo mundo quer isso. Então, estou pressionando porque venho do rali, onde nada é pior do que ter um carro pesado”, afirmou o dirigente em entrevista à revista Autosport.

Ben Sulayem defende carros mais leves para 2026 (Foto: Mark Thompson/Getty Images/Red Bull Content Pool)

Além do fato de que carros mais pesados tornam o desempenho em baixas velocidades mais difícil, há o inconveniente de que os impactos se tornam mais graves à medida que a massa do carro aumenta. Também há o problema de que carros mais pesados criam mais energia que precisa ser dissipada, além de exigirem mais combustível para se mover em alta velocidade – algo que está em desacordo com o objetivo da Fórmula 1 de alcançar uma maior sustentabilidade, com a meta de carbono zero estabelecida para 2030.

Os pilotos também têm reclamado peso dos carros atuais, sendo que Lewis Hamilton foi um dos que comentou sobre o assunto. “À medida que ficamos cada vez mais pesados, mais energia temos que dissipar. Freios maiores, mais combustível para chegar aos locais e assim por diante. Eu não entendo completamente isso na Fórmula 1”. 

O companheiro de Mercedes, George Russell, também diretor da Associação de Pilotos, concordou, dizendo: “O peso é massivo. No momento, o desempenho em baixas velocidades não é bom. Continuamos tornando esses carros cada vez mais seguros, mas obviamente, quanto mais pesados eles ficam, quando ocorre um impacto, é como bater com um ônibus em comparação com um carro compacto. Se você continuar tornando-os mais, mais e mais pesados, chega-se a um ponto em que o peso ultrapassa qualquer limite de segurança”.

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O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, disse que a questão do tamanho do carro precisa ser colocada na agenda para discussões iminentes sobre as regras de 2026. “Um dos pontos que sempre esteve em debate foi o peso”, disse. “Como você sabe, com os motores híbridos, com as baterias, o peso está aumentando e isso é algo que não é realmente da natureza da F1. Então, é um tema para discussão para o futuro”, completou o italiano.

Enquanto essas mudanças não ocorrem, Lewis Hamilton, George Russell e a Mercedes estarão de volta no GP do Canadá, oitava etapa da temporada. As atividades em Montreal acontecem entre os dias 16 e 18 de junho. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.

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