Mercedes confirma força, mas Red Bull se põe perto e Ferrari esconde o jogo. Haas é surpresa do bloco intermediário

O primeiro dia de treinos livres da F1 na Austrália, palco da abertura da temporada 2018, viu um Lewis Hamilton fortíssimo. O inglês liderou as duas sessões e também apresentou um ritmo consistente nas simulações de corrida. Quem mais se aproximou foi a Red Bull, se coloca melhor que a Ferrari. Atrás da trinca, surgiu uma Haas insolente e decidida a liderar o grupo intermediário do grid

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A F1 enfim viu a luz verde para a temporada 2018, tendo como palco o belo circuito do Albert Park, em Melbourne. Em uma pista ainda muito suja e pouco emborrachada, os carros saíram para os primeiros treinos livres do fim de semana em meio à expectativa quanto à hierarquia de forças, ao halo e ao novo grafismo da TV na era Liberty Media. Os dois últimos decepcionaram. A peça que vai acima do habitáculo e que tem a função de proteger o piloto não caiu tanto nas graças do público e deixou claro que limita muito a identificação do competidor – o halo, aliás, já forçou mudanças até nos procedimentos de largada por conta da visibilidade, algo que também foi alvo de queixas ao longo das atividades. Já as informações na tela da TV deixaram a desejar, talvez precisando ainda de um estudo mais aprofundado por parte da organização.

 
Já a ordem das equipes se revelou bastante interessante depois dos trabalhos desta sexta-feira, especialmente diante da expectativa que havia após os testes da pré-temporada. Bem, a Mercedes confirmou aquilo que já havia mostrado em Barcelona: é a equipe a ser batida. E é bem verdade que, no primeiro treino livre, até assustou, quando Lewis Hamilton colocou 0s5 no companheiro de equipe, Valtteri Bottas, mais de 0s7 em cima de Max Verstappen e quase 1s em Sebastian Vettel. Só que a sessão inicial, para a sorte da F1, raramente consegue extrair um resultado totalmente verdadeiro, ainda mais em uma condição de pista como a do Albert Park. Assim, o cenário começou a ficar mais claro na sessão vespertina. 
Lewis Hamilton comandou a sexta-feira em Melbourne (Foto: AFP)

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Isso porque é no segundo treino que as equipes se jogam em simulações de classificação e corrida. E é neste ponto que as respostas começam a aparecer. De fato, a Mercedes seguiu em seu posto de líder. Com um Hamilton centrado e focado em tirar o melhor do W09, a equipe prateada novamente se viu na ponta. O tetracampeão virou 1min23s931 – único a andar neste ritmo -, usando os compostos ultramacios – a versão mais mole da Pirelli. Só que, desta vez, não foi o colega nórdico quem apareceu o acompanhou, mas, sim, o atrevido Verstappen, que enfiou a Red Bull entre os carros alemães. O tempo de 1min24s159 foi apenas 0s127 mais lento que o melhor giro do inglês. E veio também em cima dos compostos de cor roxa.

E o próprio Hamilton reconheceu a aproximação dos rivais. "Foi um bom dia. Começamos com o pé direito hoje, fizemos tudo que precisávamos. No TL2, a diferença entre nós e os outros carros ficou menor, mas isso é empolgante. Posso dizer que, para mim, é um pouco mais difícil tirar mais do carro. Agora, tenho de descobrir se perdi alguma coisa ou se todos melhoraram, mas gostei do dia de hoje", explicou o tetracampeão britânico.

Ainda assim, Lewis é o candidato natural à pole. O #44 conduziu muito bem a simulação de classificação. Mas Max também não ficou atrás e provou que pode cavar um lugarzinho na primeira fila. O lamento aí fica apenas para Daniel Ricciardo. O australiano teve o ensaio de volta rápida interrompido depois de uma bandeira vermelha pouco antes da meia hora final da sessão. Não fosse a paralisação – por conta de um defeito em um sensor da cronometragem –, seria possível compreender melhor o desempenho da Red Bull nestas condições.


De qualquer forma, a Red Bull tem um bom conjunto com o seu RB14. Os dois pilotos foram capazes de conduzir em ritmo de corrida. Andaram com os ultramacios e macios. Ricciardo, por exemplo, foi o mais veloz, andando em 1min28s6, enquanto Verstappen virou 1min28s9. Quase o mesmo desempenho da Ferrari. Já Hamilton foi capaz de andar em 1min28s4. Ou seja, a distância, mesmo em desempenho de GP, não parece um abismo, muito embora a performance do carro prateado, especialmente nas mãos de Hamilton, tenha sido bem mais consistente que a dos rivais. Lewis parece conseguir tirar maior proveito do carro mais facilmente. Então, ele estava certo quando disse que o W09 não era mesmo uma ‘diva’. 
 
A equipe italiana, na verdade, parece esconder o jogo. Durante as duas sessões, optaram por um bom número de voltas com pneus macios. Só foram usar os ultramacios na metade do TL2. E não se aproximaram tanto dos ponteiros. Tanto que Kimi Räikkönen foi o mais veloz da dupla ferrarista. O finlandês ficou a 0s283 de Hamilton, enquanto Vettel, mais de meio segundo. Após a sessão, o tetracampeão garantiu não estar preocupado e acha que “há mais por vir”. “Certamente acho que nós temos um pouquinho [de ritmo] nas mãos. Não fiquei feliz com a volta que tive e com o ritmo e o equilíbrio, então ainda há mais por vir. Provavelmente é a mesma coisa para todo mundo, mas espero poder dar um passo maior que os outros”, falou o #5. 
Max Verstappen colocou a Red Bull perto da Mercedes (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
"Se estamos próximos, então isso é bom, significa que você pode fazer alguma coisa, então espero que fique bem próximos. Vamos descobrir amanhã. Não estou muito preocupado porque sei que se fizer tudo certo, então nós deveremos estar em melhor forma, mas parece que está bem apertado, o que é uma boa notícia", destacou Seb.
 
Já os meninos da Red Bull, apesar da sólida performance, buscam uma ajuda dos céus. É que a previsão do tempo indica chance de chuva para todo o sábado de classificação em Melbourne. Por isso, a dupla acha que, com água na pista, será mais fácil de tentar dar o bote em Hamilton e companhia. "Acho que os stints mais longos são provavelmente mais representativos. Eu fiquei feliz com eles", disse Ricciardo. 
 
"Não acho que chuva vá nos prejudicar. Sempre gostamos dela. Isso iguala a todos. E não parecemos ruins no seco. Acho que pista molhada nos dá mais chances. Vamos ver", completou o #3. 
 
"Tivemos um começo positivo. Depois dos testes em Barcelona, houve um pouco de adivinhação sobre onde estaríamos, mas agora posso dizer que estou bem feliz”, acrescentou Max.
Sebastian Vettel acha que ainda há mais por vir da escuderia (Foto: Ferrari)
O pelotão intermediário
 

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O ‘midfield’ se mostrou ainda mais surpreendente do que a impressão que deixou após a pré-temporada. Romain Grosjean colocou essa insolente Haas como a 'melhor do resto'. O francês cravou o sexto melhor tempo do dia em 1min24s648, utilizando os pneus ultramacios. O giro surgiu na 13ª das 34 voltas que completou ao longo da sessão. O #8 também conseguiu imprimir um ritmo interessante em desempenho de corrida, de modo que a equipe norte-americana confirma a expectativa de andar na parte de cima do bloco intermediário. É bem verdade que sofreu com confiabilidade, no carro de Kevin Magnussen, mas também soube resolver rapidamente, o que permitiu ao dinamarquês cravar a nona marca da sessão 2 do dia.
 
“Foi um bom dia. Fico feliz com o carro e com o pessoal da equipe, que fez um ótimo trabalho ao deixar tudo pronto. Foi uma pré-temporada de sucesso e é bom confirmar que o carro está competitivo em outra pista e com outras temperaturas. Óbvio que ainda é cedo e precisamos dar sequência ao trabalho. Algumas áreas ainda podem melhorar, mas estou muito feliz com o andar do dia”, afirmou Romain.
 
A performance da equipe de Gene Haas chamou a atenção de Vettel e também dos principais concorrentes, como a Renault. “Eu sabia que a Haas ia aparecer bem aqui, por isso não é uma novidade para mim. Está claro que eles deram um passo adiante. Acho que agora estão como a McLaren”, analisou Carlo Sainz, ficou em 11º com esquadra francesa.
Romain Grosjean liderou o pelotão intermediário (Foto: Haas)
E falando na McLaren, o time não passou ileso de problemas. Pela manhã, Fernando Alonso perdeu um enorme tempo de pista por conta de uma falha do escapamento. À tarde, entretanto, os carros laranjas surgiram bem, com o espanhol na oitava colocação e Stoffel Vandoorne fechando o top-10. "Perdemos um pouco de tempo no primeiro treino por causa de alguns problemas, mas conseguimos recuperar tudo a tempo e agora precisamos apenas analisar para obter o melhor pacote para amanhã. O clima vai afetar a todos, mas temos de maximiar todas as oportunidades", disse Fernando.
 
De resto, a própria Renault deixou um pouco a desejar, assim como a Force India. Ambas parecem ter alguns assuntos a resolver até a classificação/corrida. O mesmo pode-se dizer da Toro Rosso-Honda, de quem se esperava mais, especialmente depois dos testes na Catalunha. A Williams não foi muito além e ainda viu Lance Stroll largar o carro pelo caminho. O estreante Sergey Sirotkin só ficou à frente dos dois carros da Sauber, que ficaram separados por apenas 0s001, com Marcus Ericsson à frente de Charles Leclerc.

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A F1 volta neste sábado (24), a partir das 0h (de Brasília), para o terceiro treino livre. A classificação acontece às 3h. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo AO VIVO e em TEMPO REAL.
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