Mercedes vê desempenho “inaceitável” em Jedá e compara a sofrimento de 2013

Toto Wolff citou o ano em que a Red Bull foi dominante com Sebastian Vettel e a Mercedes teve de se contentar com a luta pelo vice-campeonato contra a Ferrari, que levou a melhor no final. E afirmou que o lugar onde a equipe se encontra no momento não é uma opção

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Se por um lado, Ferrari e Red Bull são o assunto do momento graças às batalhas entre Charles Leclerc e Max Verstappen nas duas primeiras corridas do Mundial, a Mercedes está tendo de lidar com uma situação com a qual não está nada acostumada. E o mau começo fez o chefe da equipe, Toto Wolff, lembrar a temporada de 2013.

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No ano que marcou a chegada de Lewis Hamilton ao time de Brackley, a Mercedes foi coadjuvante frente a um Sebastian Vettel dominante com a Red Bull. A disputa ao longo daquele ano foi para ver quem ficaria com o vice-campeonato, e os prateados viram a Ferrari de Fernando Alonso e Felipe Massa levar a melhor.

Logo após ver Hamilton ficar de fora da classificação ainda no Q1 na Arábia Saudita, Wolff usou o termo “inaceitável” para se referir ao resultado do grid. “Para mim, parece como em 2013, quando simplesmente não tínhamos a velocidade da Red Bull, e provavelmente nem das Ferraris, mas continuamos lutando. É assim que me sinto no momento. Claro que é totalmente inaceitável o lugar que estamos em termos de desempenho.”

“Somos os terceiros na pista, e às vezes nem isso conseguimos, como agora. E ficar nesse lugar não é uma opção”, afirmou o austríaco.

Toto Wolff quer recuperação rápida da Mercedes para voltar à briga pelo título (Foto: Mercedes)

Enquanto Hamilton pareceu brigar um pouco mais com o carro na pista de Jedá, George Russell conseguiu colocar o W13 em sexto lugar no grid e cruzar a linha de chegada uma posição acima. O estreante na Mercedes explicou que, por conta dos problemas que ainda precisam ser solucionados no carro em termos de aerodinâmica, não consegue extrair o máximo de sua pilotagem.

“É complicado, estamos nos esforçando para resolver esse problema [dos quiques], e isso não nos permite focar em outras coisas. Como piloto, não consigo focar tanto na direção”, analisou o jovem inglês.

A Mercedes é uma das equipes que mais tem sofrido com o chamado efeito porpoising, os quiques que os carros dão em alta velocidade nas retas. Isso acontece por causa do efeito-solo, que retornou esse ano com as mudanças aerodinâmicas no carro.

Uma das alternativas para tentar eliminar as chacoalhadas é subir mais o assoalho do carro, só que isso afeta diretamente no desempenho pela perda da pressão aerodinâmica.

“Nós temos a questão do porpoising. A única maneira de correr é levantar o carro bem alto. E, obviamente, num carro de efeito-solo, perdemos todo o downforce. Sabemos que, se conseguirmos colocar o carro no chão, vamos ganhar um bom tempo de volta. Mas não há como alcançá-lo no momento”, declarou Russell. “Então, o ajuste do equilíbrio, o acerto, não podemos realmente melhorar porque toda a nossa ênfase está em resolver esse problema”, reconheceu.

A Mercedes retorna à pista neste domingo (10) em Melbourne, na Austrália, para a disputa da terceira etapa da temporada 2022 da F1.

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