Mercedes discorda de Hamilton sobre viés dos comissários: “Não é consciente”

Chefe da Mercedes, Toto Wolff afirmou que os integrantes da FIA são pessoas inteligente e que não há preferência consciente por algum piloto da F1

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As escolhas da FIA com o intuito de mudar os integrantes da direção de provas da Fórmula 1 não evitou declarações firmes de Lewis Hamilton. O heptacampeão utilizou a primeira entrevista pública no retorno da F1 para pedir garantia de que os comissários não sejam tendenciosos mesmo quando tiverem relações mais estreitas com pilotos ou dirigentes. Mas o chefão da Mercedes, Toto Wolff, discordou e afirmou que o problema de decisões enviesadas é de outra ordem, mas não intencional ou consciente.

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As fortes declarações de Hamilton aconteceram na coletiva de imprensa na última quarta-feira, no primeiro dia de testes de pré-temporada em Barcelona. O piloto cobrou garantias da FIA para que os comissários mais justos e não sejam influenciados pelas amizades com alguns pilotos.

“Precisamos nos assegurar de que temos comissários imparciais. Alguns pilotos de corrida são muito, muito amigos de certos indivíduos. Alguns viajam juntos, inclusive, e tendem a gostar mais de alguns deles”, foi o que avaliou Lewis.

Lewis Hamilton suspeita da amizade entre comissários e pilotos (Foto: AFP)
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Questionado sobre o assunto, Wolff reafirmou que é necessário profissionalismo entre os comissários, mas descartou que sejam influenciados desta forma. “Não acho que haja uma preferência consciente, para ser honesto. Eles são pessoas inteligentes. O mais importante é que sempre que falamos sobre a direção de prova, o apoio que eles terão e que é preciso haver um padrão”, afirmou.

O austríaco reiterou que a Fórmula 1 precisa de profissionais competentes que possam gerar tomada de decisões mais consistentes. “Isso é o que merecemos e o que todos esperam. Acho que há algumas pessoas muito boas nas quais podemos acreditar. O mais importante, e todos nós falamos sobre isso no ano passado, foi a questão da inconsistência”, declarou.

“Não deve haver muito espaço para interpretar as regras. Não deve haver muita, como posso dizer, clemência, dependendo do resultado potencial”, salientou Wolff, que também estabeleceu total apoio às decisões tomadas pela FIA e o novo presidente, Mohammed Ben Sulayem.

“Mas as regras são as regras. Como tudo está se reestruturando, tenho fé que Mohammed vai otimizar todas essas estruturas”, afirmou, em relação às chegadas dos novos diretores de corrida, Niels Wittich e Eduardo Freitas, que vão se alternar no posto. Ainda terão assistência do veterano Herbie Blash, de maneira remota, numa espécie de VAR da F1.

A próxima sessão de pré-temporada da F1 está marcada para o Bahrein, nos dias 10-12 de março.

COMO FOI O ÚLTIMO DIA DA PRÉ-TEMPORADA DA FÓRMULA 1 2022 EM BARCELONA | Briefing
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