Mercedes diz que 11ª equipe põe segurança em risco e alega: “Não temos logística”

Para Toto Wolff, chefe da Mercedes, os autódromos que compõem o calendário da Fórmula 1 não têm estrutura para acomodar 22 carros, caso isso aconteça, contratempos na pista e nos boxes podem se tornar corriqueiros

A Mercedes parece ter encontrado mais um motivo para tentar barrar a entrada da Andretti/Cadillac como 11ª equipe no grid da Fórmula 1. Depois que Mohamed Ben Sulayen, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), disse não ter motivos para barrar a participação dos americanos na categoria, Toto Wolff, chefe da esquadra alemã, disse que a repulsa a uma nova integrante no esporte vai além da parte financeira, mas envolve também a segurança dos pilotos.

O assunto de uma nova equipe no grid da Fórmula 1 em 2026 voltou aos noticiários depois que a FIA deu a entender que aprovaria a entrada da Andretti no Mundial e que daria uma resposta aos estadunidenses no próximo dia 15. A notícia, no entanto, não agradou equipes como a Ferrari, e agora foi a Mercedes quem mostrou a sua frustração. 

Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari, também não é a favor de um novo time na categoria (Foto: AFP)

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Um dos empecilhos apresentados por praticamente todas as escuderia que compõem o Mundial é que um novo integrante  diluiria de forma considerável a receita das equipes – embora a novata tenha de pagar uma taxa de, pelo menos, US$ 200 milhões – R$ 978 milhões na cotação do dia. Agora, Wolff disse que, embora as regras permitam, a F1 não tem uma estrutura para comportar 11 times.

“Nossa posição era muito clara: compre uma equipe. Há muitas consequências quando você olha para as sessões de classificação. Quero dizer, agora estamos parecendo uma pista de kart, estamos tropeçando uns nos outros. Há uma preocupação de segurança. Não temos logística para colocar uma 11ª equipe. Aqui em Silverstone podemos acomodar o pessoal de Hollywood, mas em outros circuitos não podemos”, disse o dirigente da Mercedes.

“Portanto, tudo isso é uma imagem que a FIA e a FOM precisam avaliar. Como eu disse antes, se uma equipe pode contribuir para o desenvolvimento positivo da F1, e da maneira que as outras equipes fizeram ao longo dos anos, sofrido ao longo dos anos, sim, temos de olhar para isso. Você tem de se classificar, e mostrar o compromisso com o campeonato que fizemos ao longo dos anos, e até agora, o que vimos não convenceu as equipes”, finalizou.

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