Mercedes justifica pneus macios de Hamilton em Singapura: “Achamos que daria vantagem”
Chefe da Mercedes, Toto Wolff explicou que a tática de Lewis Hamilton foi baseada em experiências anteriores em Singapura, porém reconheceu que o certo era ter largado com os pneus médios
A Mercedes assumiu a culpa pela estratégia equivocada de calçar Lewis Hamilton com os pneus macios para o primeiro stint do GP de Singapura, realizado neste domingo (22). O chefe, Toto Wolff, classificou a noite como “dolorosa” e refletiu que seria mais possível ultrapassar caso os compostos do carro #44 fossem os médios.
Hamilton largou em terceiro, com o companheiro de equipe, George Russell, em quarto, mas foi o único piloto do top-10 a largar com os pneus macios. A tática quase deu certo, uma vez que chegou colado em Max Verstappen na curva 1, porém não foi o suficiente para saltar para segundo e pôr o plano em prática.
O heptacampeão, então, não conseguiu acompanhar o ritmo do rival taurino, praticamente dando adeus à disputa pelo pódio. Depois da corrida, ainda pelo rádio, Wolff pediu desculpas pela “leitura errada” da estratégia.
Os pilotos da Mercedes não cumpriram a agenda de mídia devido à exaustão física da prova — disputada com temperatura acima dos 30°C e umidade em 76%. No comunicado oficial emitido à imprensa, Wolff começou dizendo que quarto e sexto “não é um bom resultado quando se larga de terceiro e quarto”.
“Foi uma noite realmente dolorosa para nós”, disse Toto. “As decisões estratégicas na corrida foram determinadas pelas experiências anteriores aqui, onde a posição na pista é crucial. Achamos que o pneu macio daria a Lewis uma vantagem na largada, mas acabou sendo a decisão errada”, admitiu.
“Com o desafio que temos para gerenciar os pneus traseiros, fomos para trás. As ultrapassagens se mostraram possíveis, ao contrário de corridas anteriores, mais processuais, e, pensando agora, deveríamos ter partido de pneus médios”, continuou Wolff.
“No entanto, isso não mascara o fato de que fomos muito lentos hoje. No momento, estamos tendo dificuldades com pistas quentes e que exigem muita tração, como aqui e em Baku, mas isso não é desculpa. É difícil aceitar, mas precisamos encontrar uma maneira de melhorar. Agora estamos olhando para Austin, onde teremos uma atualização, e espero que isso nos leve adiante”, encerrou.
A Fórmula 1 agora faz longa pausa e retorna de 18 a 20 de outubro em Austin, Estados Unidos, início da perna americana da temporada 2024.
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