Mercedes vê RB19 rebaixado como grande sacada da Red Bull: “Nosso carro quebraria”

O entendimento que a Mercedes tem sobre o carro da Red Bull para a Fórmula 1 2023 é que a altura é um grande trunfo, quase impossível de replicar

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Desde o desempenho nos testes coletivos de pré-temporada, realizados na semana passada na mesma pista do Bahrein que vai receber a abertura do campeonato nos próximos dias, uma pergunta ecoou Fórmula 1 afora: o que afinal tem de tão diferente o carro da Red Bull? Mais rápido que os demais e sem apresentar qualquer problema de confiabilidade, o RB19 impressionou. E há quem encontre uma resposta na altura.

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No último dia de testes coletivos, normalmente o que registra tempos mais velozes, Sergio Pérez liderou com 1min30s305 e pouco mais de 0s3 na frente de Lewis Hamilton e o Mercedes W14. Mas esses valores são reais? Muito se sabe que é difícil entender o que há de real desempenho em testes assim, porque cada equipe trabalha com diferentes e secretos mapeamentos de motor, carga de combustível e afins.

Como seria a resposta da Red Bull ajustada à realidade de todos os rivais na mesma toada? De acordo com um levantamento da revista alemã Auto Motor und Sport, o resultado final do último dia de testes não serve mesmo de parâmetro exato para a vantagem dos rubro-taurinos. É pouco!

O levantamento em questão aponta que a Red Bull tem vantagem real de 0s2 a 0s4 para a Ferrari, dependendo das condições, e que chega a impressionantes 0s6 da Mercedes. Além disso, a vantagem para a Ferrari ainda tende a se esgarçar ainda mais numa distância mais longa, de corrida, visto que os ferraristas seguem com mais desgaste de pneus.

Sergio Pérez foi o mais rápido dos testes com a Red Bull (Foto: AFP)

Os motivos registrados pelo veículo pintam um panorama interessante das posições públicas de chefes de equipe da Fórmula 1 desde o ano passado. Christian Horner, chefe da Red Bull, colocou-se vertiginosamente contra as diretrizes da FIA que visavam diminuir ou acabar com o porpoising, os quiques dos carros, causados pela forma que se dá o fluxo de ar em bólidos movidos com efeito-solo.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, que sofria publicamente com os quiques, foi quem se pôs mais ao contrário, defendendo as mudanças da FIA. A situação rendeu até discussão com palavrão captada pelas câmeras da Netflix na recém-lançada temporada de ‘Drive to Survive’. Os dois tiveram embates grandes nos bastidores mesmo que as equipes quase não tenham se encontrado na pista durante o ano.

A razão para isso? O fato da Red Bull conseguir ter feito um carro que não quica, projeto de um Adrian Newey que é especialista em efeito-solo, é fator primordial na construção de um bólido dominante. Porque, além disso, permitiu ao time dos energéticos que projetasse um carro que anda extremamente baixo.

“Eles [a Red Bull] são 10 mm mais baixos que todo o resto. Se nós tivéssemos um carro tão baixo, toda parte rasteira do carro quebraria”, é o que a AMuS credita a uma fonte de dentro da Mercedes.

Chefe da Mercedes, Toto Wolff sabe que déficit para Red Bull ainda é grande (Foto: Web Summit)

Além do fato de poder fazer um carro bem mais próximo do chão que os demais, há outros pontos abordados publicamente por protagonistas da Mercedes. “Podem frear mais tarde, acelerar muito anos e ganhar uma quantidade incrível de tempo com melhor tração”, disse o Wolff. “Se entrássemos nas curvas assim, nem chegaríamos ao ponto mais rápido”, falou.

E Hamilton também se preocupa com a velocidade de reta. “Foi uma questão no ano passado ao longo de todo o calendário. Nossos quiques praticamente acabaram — ainda aparecem às vezes, mas na maior parte do tempo não existe, o que melhora tudo —, mas ainda temos de encontrar velocidade em linha reta. Temos de trabalhar em cima de algumas coisas. Ainda não é perfeito e não estamos no nível da Red Bull ou da Ferrari”, finalizou.

De qualquer maneira, prontas ou não prontas, o campeonato de Red Bull, Mercedes e Ferrari começa nesta semana, entre os dias 3 e 5 de março, com o GP do Bahrein.

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